27 janeiro 2009

Acepipes

Na New Yorker da semana que vem, terá um texto de Paul Goldberger sobre o Alice Tully Hall, desenhado pela dupla do Diller Scofidio. O novo prédio é uma ampliação do Lincoln Center, em Nova York.

Como aperitivo, a revista colocou no ar um pequeno vídeo, de dois minutos, com Goldberger visitando a obra. Se a moda pega, heim?

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"um blog qualquer..."

Vocês sabem que a falta de assunto em janeiro é uma coisa séria... Pois é: vamos fazer um esforço, vai? Eu li em uma entrevista qualquer um entrevistado qualquer falar de um comentário qualquer deste blog, que discutia a velha e fantasmagórica crítica (foi naquele post sobre a entrevista do Montaner na aU, lembram?). Primeiro, vamos ler o comentário no blog que deu origem a confusão:

"Alenca

De todos os textos que o Comas já fez só consegui ler "meio". Aquele sobre Pampulha, em que ele discorre sobre a inspiração de Niemeyer na "Cabana Primitiva" para conceber a "Casa de Baile". Lamentável. A interpretação permite tudo... No fundo, a crítica gaúcha, não deixa de ser um "olhar estrangeiro". Afinal, nada daquilo que eles comentam (Costa, Niemeyer, Reidy, Artigas, Lina e Paulo) não foi construído lá. Realmente, o sentimento de frustração deve ser enorme. A crítica é só uma válvula de escape. Mas também uma maneira de demarcar território.

cricri"

Mas a provocação barata realizada em janeiro de 2008 não ficou sem resposta. No melhor estilo John Wayne, Comas - o gatilho mais rápido do velho oeste - respondeu de bate-pronto, de primeira, um ano depois... na entrevista da aU de janeiro de 2009! Vejam só:

"Para contar algo de pessoal, li em um blog qualquer um comentário escandalizado com a minha comparação da Casa do Baile da Pampulha a uma cabana primitiva, considerada no mínimo absurda. Evidentemente, o comentário indica que o leitor não está familiarizado com a importância da ideia de cabana primitiva na arquitetura a partir do Iluminismo, com a persistência explícita dessa ideia nas formulações de Le Corbusier, com os vínculos entre essa ideia e a valorização da arquitetura vernácula por Lucio Costa, ou, mais concretamente, com o entusiasmo do Iphan, nos anos 40, com a Viagem Philosophica, de Alexandre Rodrigues Ferreira e as belas aquarelas de José Joaquim Freire, entre as quais uma representando a maloca dos índios curutus, e com o livre trânsito de Oscar Niemeyer no Iphan, ele que era o colaborador preferido de Lucio (Costa) e acabava de fazer o Hotel de Ouro Preto".

E agora, bando de ignorantes, entenderam a iluminada relação? Seria como, no melhor estilo Comas, a partir deste post, fazer uma relação do John Wayne com os índios curutus! Entenderam? Vocês precisam estudar mais e serem mais criativos!
Bom, o fato é que a falta de ambiente para a discussão arquitetônica no Brasil é espantosa. Como é que um cara como o Comas fica com isso entalado na garganta? Como é que ele leva um comentário de um blog como esse a sério? Tenho uma suspeita: a solidão intelectual. Creio que ninguém comenta nada do que ele escreve. N-I-N-G-U-É-M. E olha que ele não escreve pouco. Não sei se em tom de piada, se chamando ele de velho ou de prolixo, mas a mocinha que escreveu a abertura disse que se reunisse tudo que ele escreveu " já dariam uma enciclopédia".
E logo ele que além de escrever é um arquiteto de mão cheia. O que? Não lembram de nada que ele fez? Não lembra da galeria de arte ou da reforma no sobrado? E a reforma no mercado? Ora, é só pegar o catálogo da exposição Ainda Moderno? - montada em Paris. Os organizadores da mostra André Correa do Lago e Lauro Cavalcanti, para facilitar a pesquisa, recorreram a "consultores setorias" que fizessem uma lista de projetos locais para compor um panorama da produção recente. E da região sul, o consultor era Comas, que escolheu, entre outras coisas, uma obra-prima de... Comas, ora!

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15 janeiro 2009

Passed Systems

Já viram pai morrer de parto? É difícil, mas acontece. Pelo menos foi o que ocorreu com Jan Kaplicky, principal sócio do Futute Systems. Horas depois de sua mulher - 41 anos mais nova - dar a luz a sua filha, ele morreu ontem à noite em Praga. Kaplicky tinha 71 anos e, ao que parece, foi vítima de um ataque do coração.

Kaplicky atuava em Londres mas nasceu em Praga, de onde mudou-se em 1968. Na Inglaterra, trabalhou com Denys Lasdun, Rogers/Piano (no projeto do Pompidou) e com Foster. Depois, em 1979, fundou o Future Systems com David Nixon. A inglesa Amanda Levete, sua primeira mulher e mãe de Josef, seu primeiro filho, tornou-se sua sócia em 1989. Em Outubro de 2007 ele separou de Amanda e casou-se novamente. Sua segunda esposa chama-se Eliska Fuchsova e é produtora de filmes.

Rest in peace.

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09 janeiro 2009

Novo museu

Em primeira-mão para os leitores do Alencastro: a Unicamp lançou edital para o projeto da nova sede do Museu Exploratório de Ciências. Trata-se de um concurso internacional a ser realizado em duas fases. Na primeira fase serão escolhidos cinco finalistas, e na fase final será definido o vencedor.

O edifício, a ser construído dentro do campus, terá cerca de 5 mil metros quadrados e custo estimado em R$ 10 milhões. O prêmio não é muito convidativo, mais em época de crise... Os finalistas recebem 5 mil na primeira fase e o vencedor leva mais 8 mil reais para casa - fora, lógico, o contrato (o 2° colocado recebe mais 4 mil e o 3°, mais 2 mil reais).

No juri? Figuram, entre outros profissionais, críticos como Silvia Arango, e arquitetos, tais como Paulo Bruna e Hector Vigliecca. As inscrições poderão ser feitas do dia 12 de janeiro a 6 de março.

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08 janeiro 2009

Delighting...

Como antecipou com um ano de antecedência este blog sabichão, já está disponível o primeiro box da coleção completa da lendária revista de arquitetura Arts & Architecture, editada na Califórnia. Seguindo os passos do que fizeram com o Domus (que agora pode ser comprada por volumes), a Tashen dá mais uma prova de competência editorial.

Greg Goldin, crítico de arquitetura do L.A. Times, na resenha que escreveu diz que "esta edição fac-símile do Arts & Architecture foi feita de forma invulgar. Em vez de uma compilação, cada edição foi reimpressa individualmente. Ao folhear, você terá a sensação semelhante a experiência original de encontrar a revista quando chegou por correio de segunda classe (na contra-capa de algumas edições, há etiqueta endereçada ao 'senhor Julius Shulman', como que para provar a autenticidade do reprint)."

O ponto alto da revista foi ter inventado o programa Case Study House - das quais foram construídas 26 - que propunham um novo modelo de casa norte-americana para o pós-guerra. O desafio era construir moradias com boa arquitetura por menos de 10 dólares/pé quadrado. São 10 volumes, mais de 6.000 páginas que contemplam 118 edições, que circularam entre 1945 e 1954. Ou seja, parte do período áureo da publicação, no tempo em que foi dirigida por John Entenza. Está prometida para o ano que vêm outro box, com a reimpressão de 1955 a 1967.

Quanto custa? 700 dólares. Na Amazon está com desconto: por módicos 441 dólares (mais frete) você terá ela em casa. Uma dica: neste caso, vale muito a pena, pois como é uma box, eles cobram o frete como se fosse só um volume. Mas corram: foram produzidos somente 5.000 cópias. Pela minhas contas, somente uns 15 brasileiros devem comprar...

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07 janeiro 2009

Obama e o fim do star systems?

Com a correria de dezembro, não comentei nada sobre este artigo de Nicolai Ouroussoff - crítico do NYT - publicado dia 19 passado. Na calmaria de janeiro, vamos ao assunto. O autor começa com uma bomba: "Quem sabia há um ano que nós estávamos perto do final de uma das épocas mais delirantes da história arquitetônica moderna?". A tese é interessante. Segundo o raciocínio de Ouroussoff, "antes do cataclisma financeiro, a profissão parecia estar no meio de um grande renascimento. Arquitetos como Rem Koolhaas, Zaha Hadid, Frank Gehry, e Jacques Herzog e Pierre de Meuron, antes considerados muito radicais para o mainstream, foram celebrados como grandes figuras culturais".

Mais a frente, o crítico afirma: "mas em algum lugar do caminho a fantasia se transformou de forma errada. Como milhares de encargos de luxuosas torres residenciais, lojas de grife e escritórios corporativos em cidades como Londres, Tóquio e Dubai, projetos socialmente conscientes raramente foram realizados. Habitações públicas, um dos pilares do modernismo do século 20, foram deixados fora da ordem do dia. Também não foram realizadas escolas, hospitais ou infra-estrutura pública".

Comentando os projetos recentes dos arquitetos do star-systems em Nova York (Herzog & de Herzog, Daniel Libeskind, UNStudio, Koolhaas e Foster), ele afirma que "em conjunto estes projetos ameaçaram transformar o skyline da cidade em uma tapeçaria de ganância individual".

Bom, mas onde entra o Barack Obama nesta história? No último trecho do texto, o crítico do NYT diz que seria negativo que alguns edifícios em curso não fossem construídos. E mais: "se a recessão não matar a profissão, ela pode trazer alguns efeitos positivos a longo prazo para a arquitetura norte-americana. O presidente eleito Barack Obama prometeu investir fortemente na infra-estrutura, incluindo escolas, parques, pontes e habitações públicas". E diz que poderia haver um "redirecionamento dos nossos recursos criativos". Ou seja, aproveitando as estrelas em obras de programas mais significativos. E conclui: "esse é o meu sonho".

Mas tal provocação não passou em branco. Dois dias após a publicação surgiu a primeira resposta. Ela foi escrita por Cameron Sinclair e Kate Stohr (fundadores do Architecture for Humanity), que trabalham justamente na área que Ouroussoff quer ver o star-systems atuando. E na longa resposta deles, maior que o texto do NYT, eles escrevem algo como: "não vem não - isso aqui tem dono. Sai fora star-systems, o Obama é nosso".

E ai? O Obama é de quem?

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06 janeiro 2009

"O moderno é uma coisa do século passado"

Mais um: estamos, enfim, entrando na era da globalização da arquitetura. Hoje na Folha, há a notícia de mais um projeto no Brasil que está sendo criado por um arquiteto estrangeiro. Trata-se do novo Istituto Italiano di Cultura em São Paulo, a ser construído na avenida Higienópolis onde era o consulado. Quem é o autor do projeto? Massimiliano Fuksas. No início, quando o consulado mudou de endereço, os italianos pensaram em fazer um concurso. Mas logo em seguida o nome de Fuksas apareceu.

Na net não está disponível a imagem da maquete, que ilustra a matéria do jornal impresso. No modelo se vê que a casa será conservada e Fuksas desenhou um novo pavilhão no 'quintal', entre a construção principal e a edícula. O que chama a atenção são duas estruturas grandes, que ultrapassam um pouco a altura da casa e se assemelham a... sei lá o que! Acho que a dois casulos. Mas vamos escutar o autor: "vou construir com lâminas de madeira submersas na água esverdeada. Vamos erguer tudo isso no mesmo terreno [de um casarão na avenida Higienópolis]. São duas esferas de madeira, que se parecem com dois animais ao mesmo tempo estranhos e domésticos. É muito, muito matérico." Entenderam?

Neste caso, como a obra não é pública, não existirá polêmicas. Pelo menos, é o que espero. Os italianos contratam quem eles quiserem - e é justo que seja um italiano, ora! Além do que, é só um pavilhãozinho - nada comparável a Cidade da Música. Tudo bem, o cara é estranho - um tanto quanto arrogante - e nem Pritzker é. Mas quebra um galho... E lhes informo: a enxurrada de estrangeiros não para por ai. Tem mais gente graúda fazendo projeto no Brasil...

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05 janeiro 2009

O melhor de 2008

Vocês acharam que eu iria esquecer? Nada. Está na hora do tradicional Balanço Alencastro Sobre A Cena Arquitetônica de 2008! Mas, em minha avaliação, o balanço do ano passado ficou muito longo, com 20 tópicos. Como sei que a conhecida preguiça de verão sempre funde a cuca dos leitores deste blog, vamos simplificar diminuindo para 11 os tópicos. No resto, é como no passado: os concorrentos se referem a 2008 (se for uma obra construída, tem que ser publicada em 2008; se for um livro, tem que ser publicado em 2008) etc etc etc. Façam comentários do tipo "1.a; 2.b; etc". Se escolher a resposta "e. Outra(o)", especifique sua escolha. O resultado será divulgado em fevereiro. Faltam alguns links, que coloco em alguns dias. Coragem, vamos lá!

1. Melhor obra construída de 2008:
a. Museu do Pão (Brasil Arquitetura), aU168, março/Projeto 337, março
b. Galeria Adriana Varejão (Rodrigo Lopez), Projeto 340, junho
c. Fundação Iberê Camargo (Álvaro Siza), aU 171, junho/Projeto 341, julho
d. Edifício Harmonia (Tryptyque), aU 174, setembro
e. Outra

2. Maior decepção arquitetônica de 2008:
a. Ampliação do aeroporto Santos Dumont (Planorcon)
b. Apartamentos em Madri (Mendes da Rocha)
c. Novo CEU (Walter Makhohl)
d. Top Towers (Konigsberger Vannucchi)
e. Outra

3. Casa do ano:
a. Carla Joaçaba no RJ - aU166, janeiro
b. Forte, Gimenes & Marcondes Ferraz com a Casa Grelha - aU 172, julho
c. Angelo Bucci em Santa Tereza, RJ - GA House 106
d. Una em Joanópolis, SP- Projeto 343, setembro/ aU 176, novembro
e. Outra

4. Livro do ano:
a. David Libeskind -Luciana Brasil (Romano Guerra)
b. Isay Weinfeld - Raul Barreneche (Bei Editora)
c. Fundação Iberê Camargo - vários (CosacNaify)
d. Bernardes e Jacobsen (Capivara)
e. Outro

5. Melhor abordagem sobre arquitetura na mídia geral:
a. Revista Morar, da Folha
b. piauí (edição de agosto - com o perfil de Julio Neves - e dezembro - sobre a Cidade da Música)
c. Edição Top (edição especial Arquitetura & Construção)
d. Revista Joyce Pascowitch (General Jardim na boca do povinho fashion)
e. Outra

6. Melhor edição de revista especializada de 2007:
a. Projeto 340, junho (galeria Varejão, prédio de Isay, casas de Lawrence Vianna, Herzog em madri)
b. Projeto 341, julho (Siza em Porto Alegre e obras do RS)
c. aU 172, agosto (jovens latino-americanos)
d. aU 175, outubro (Lelé)
e. Outra

7. Frase do ano:
a. "Hoje Marcos Acayaba também superou o mestre Mendes da Rocha", de Hugo Segawa no El País
b. "Apenas um idiota teria dito não", de Herzog sobre o fato de ter desenhado o Ninho do Pássaro para um governo ditatorial
c. "Eu não sou uma marca. Isto é uma marca", de Calatrava enquanto apontou para o seu relógio Patek Philippe
d. "Até os arquitetos, que vivem chorando, pararam de chorar...", de Gilberto Dimenstein sobre o aquecimento da construção civil - pré-crise...
e. Outra

8. Piada do ano:
a. Fotoshop na capa da aU 169
b. O blog do Alencastro ser citado por Segre na aU como exemplo de crítica de arquitetura
c. Guedes se afastar da presidência do IAB para concorrer a vereador
d. O resultado dos três números da revista Nosso Caminho, dirigida por Niemeyer
e. Outros

9. Polêmica do ano:
a. CPI sobre a Cidade da Música
b. Montaner e os críticos brasileiros
c. A capa do livro do Niemeyer publicado pelo Ricardo Ohtake
d. Herzog & de Meuron em SP
e. Outra

10. O fato arquitetônico do ano:
a. O fim da l'Architecture d'Aujourd'hui
b. Morte de Guedes
c. Sejima em São Paulo
d. A crise e as demissões
e. Outro

11. Personagem do ano:
a. Siza
b. Siza
c. Siza
d. Siza
e. Outro

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19 dezembro 2008

Entrou água...

Ontem, parece que só o ano que vêm... Acabaram com a festa do César Maia: no final da tarde de ontem, foi cancelada a inauguração da Cidade da Música. Para o corpo de bombeiros, a "obra está inacabada".

Vamos esperar o fim desta novela.

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18 dezembro 2008

"Cidade de todas as músicas"

É hoje. Às 20h, à frente da Orquestra Sinfônica Brasileira, Roberto Minczuk regerá o Hino Nacional. Depois, o concerto continua com um sinfonia inédita de Edino Krieger e, por fim, a IX de Beethoven. Desta forma, será aberta (ainda parcialmente) a Cidade da Música - primeira obra de Christian de Portzamparc no Brasil.

A coisa foi polêmica. Claro, São Paulo é um mundo a parte e nossa impressa pouco falou do projeto. Nem mesmo no meio arquitetônico houve interesse (para os desavisados, há um vídeo no You Tube que mostra a obra e Portzamparc que, apesar de institucional, dá para ter uma ideia do projeto; há também o resumo da ópera em artigo de Serapião na piauí deste mês - ainda não disponível na net).

Mas no Rio, de um modo geral, a "massa crítica ipanemense" não pode ouvir falar no projeto. Por que? Há uma salada mista que envolve bairrismo, política e escândalo de orçamento. "Por que na Barra?", se perguntam. "O César Maia?", continuam. "Quanto? 600 milhões de reais?", finalizam o diálogo.

Agora, fica uma pergunta no ar: será a arquitetura de Portzamparc a redentora de toda polêmica?

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29 novembro 2008

Luto interior

Em primeira-mão, para os leitores de fim de semana: Janete Costa, arquiteta que inventou os interiores brasileiros, morreu de madrugada em sua casa, em Olinda. Ela era nossa "Fernandona". Casada com Borsoi pai e mãe do Borsoi filho, ela sofria de câncer. O enterro foi agora a tarde.

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28 novembro 2008

Ribalta

"A peça conta a história do Arquiteto, que é contratado por um homem misterioso para desenhar uma casa perfeita. O texto usa de parábolas e de uma linguagem simbólica para contrapor a visão de mundo destes dois personagens e questionar conceitos como o tempo, a rotina e a perfeição". Gostou do enredo? É a sinopse de O mestre-de-obras, escrita por Julio de Santi.

Amanhã, sábado, a peça será lida na Casa do Saber Jardins (r. Dr. Mário Ferraz, 414), em São Paulo, às 16h. Inscrições gratuitas pelo telefone 3707-8900.

No mesmo lugar, nas próximas duas segundas-feiras (1/12 e 8/12) haverá ainda o curso Design, emoção e memória coletiva, com Marcelo Rosenbaum. Quanto vale o show? Uma mísera parcela de R$ 190,00 e você se aproximará, por um instante, do mundo global...

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27 novembro 2008

Berçario

Ao invés do Herzog, jovens arquitetos paulistas... Bom, pelo menos foi isso que confessou o secretário da cultura João Sayad na entrevista que será publicada na edição de dezembro da aU. "Fizemos uma grande pesquisa com os jovens arquitetos, muitos escritórios foram mencionados por professores da FAU (FAUUSP), do Mackenzie (Universidade Presbiteriana Mackenzie). Mas não posso contratar um arquiteto nacional jovem, que não tenha notoriedade, sem um concurso", explicou.

Já pensaram nisso? Quem seriam os candidatos? Que risco que corremos?

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19 novembro 2008

Memórias na rede

Olha ai: a blogosfera da arquitetura não é composta só por aventureiros, não! O mais novo blog que entrou no ar é de Marlene Acayaba, autora de dois trabalhos acadêmicos defendidos na FAU/USP que se tornaram clássicos, focados na arquitetura e no design paulista. Refiro-me ao mestrado sobre as casas e o doutorado sobre os arquitetos do Branco & Preto, ambos transformados em livros.

Por enquanto, o blog da Marlene - iniciado agora em novembro-, tem um tom de "memórias" (ela e o Marcos jovenzitos estão na foto que ilustram este post). Seria interessante se ela colocasse no ar as histórias que sabe sobre os bastidores da arquitetura paulista. Vamos acompanhar e ver para onde o blog evolui.

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Chegou...

Enquanto discutimos os honorários do Herzog, a crise já chegou aos escritórios de arquitetura de São Paulo. Principalmente àqueles ligados ao mercado. Está tudo parado ou parando. As construtoras estão revendo seus planos e projetos, terrenos estão sendo devolvidos etc etc. E há boatos de uma quebradeira generalizada.

E, claro, começam as demissões. Já foi para a rua a coordenadora de empreendimentos imobiliários da Thisman. E os escritórios de arquitetura também estão demitindo. O Marcio Curi/Azevedo Antunes parece que mandou mais de 50 arquitetos embora! E, preparam-se: se as coisas não melhorarem, janeiro será o mês do cartão azul ge-ne-ra-li-za-do...

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14 novembro 2008

"Papel? O que é isso, papai?"

Qualé? Tá sem dinheiro por causa da crise? É tarado por arquitetura? É viciado em tecnologia e não liga muito para coisas impressas? Então, esta novidade foi feita sobre medida para você: a El Croquis acaba de lançar versões digitais de suas publicações. Isso mesmo. Ou seja, ao invés de pagar 84,81 euros pela edição sobre o Sanaa (n° 139), você pode pagar 9 míseros euros pelo mesmo conteúdo! Já pensou?

Gostou? O único problema é que, por enquanto, só há duas edições disponíveis. Além do Sanaa, há o n° 140, dedicado ao Siza que custa 7 euros.

Será que a moda pega?

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12 novembro 2008

Os iluminados

Olha, pela primeira vez vou ter que concordar com uma opinião do Nini e o Paulinho. Hoje na coluna da Mônica Bérgamo (somente para assinantes da Folha ou do UOL), ambos se colocam contra o corporativismo de seus colegas - expresso pelo Sinaenco, que se posicionou contra a contratação do Herzog & de Meuron para reformar a rodoviária da Cracolândia.

Niemeyer afirmou: 'Não vejo sentido em hostilizar estrangeiros que trabalhem no Brasil. Faço vários trabalhos no exterior e não sou hostilizado.' E o Paulinho emendou: 'Um governo tem que ter liberdade no campo da cultura para contratar quem ele quiser, nacional ou estrangeiro, desde que o critério adotado seja o do notório saber. Essa independência é bem-vinda e importante para todos'. Olha ai: bravo, dou a mão a palmatória.

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11 novembro 2008

Ah, essas revistas...

A próxima edição da revista Nosso Caminho (aquela do velhinho...) dará um furo de reportagem: em entrevista a Fernando Morais, Lula afirma que Dilminha é sua escolhida para sucedê-lo. Quem informou foi a coluna Painel, da Folha. O presidente disse que "nenhum outro partido tem um candidato com a história e a qualificação da Dilma".

Eu não sei com é que eles conseguiram dar esse furo, heim? Como? Como a Domus, em mais de 80 anos de história, nunca pensou em entrevistar um presidente da república? Como a centenária Architectural Review não pensou nisso antes? Isso é que é vanguarda!

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03 novembro 2008

Troca de comando

Após 14 anos, o arquiteto Julio Neves acaba de deixar a presidência do Masp. Uma vitória? Não: quem assume o cargo, com mais de 40 votos e sem opositor, é João Vicente de Azevedo, secretário-geral da gestão Neves.

A dinastia continua.

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Amigo da onça

Já que ninguém fala do Botta, vou perguntar: alguém ai foi a palestra do Libeskind em Porto Alegre na UFRGS agora a noite? Estavam cobrando 100 reais pela entrada... Cá para nós: se deslocar de Nova York até o sul do Brasil para dar uma palestra? O cara parece que está por baixo mesmo, hein?

Alguém precisa dizer a ele que no Brasil só tem um Iberê Camargo e o Gerdau não tem nenhum outro projeto do gênero para dar a ele, ora!

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24 outubro 2008

Cumpleaños

Oitenta primaveras... nada mal, heim? Quem as completa neste sábado? O Paulinho, claro. Mas coloco o post no ar hoje pois só acesso a internet no fim de semana por um bom motivo. Assim, quem encontrar com ele no Sujinho pode dar os parabéns.

Mas ele não terá tempo de comemorar armando um histórico rega-bofe no pé-pra-fora: semana que vem estará de novo em Portugal, para seminário em Tomar.

Sem trocadilhos, por favor.

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22 outubro 2008

Mortos-vivos


Na linha da revalorização dos anos 80, na próxima segunda-feira haverá uma palestra com Mario Botta, em São Paulo - no Museu da Casa Brasileira. Com a velocidade da mídia atual, ninguém mais se lembrava do cara. O fato e que ele ainda produz, e mostrara obras recentes. A ver.

Nos últimos tempos, seu mais nobre trabalho foi ter ajudado a premiar o jovem paraguaio Solono Benitez -nascido em 1963 - agraciado com a primeira edição do BSI Swiss Architectural Award. Tá certo que Botta identificou-se com o tijolo de Solano, que levou para casa 100 mil francos suíços. Mas, realmente, ele cria algo original.

Há tempos que estou pensando em falar do trabalho dele, queridinho pelos jovens paulistas (queridinho também dos velhos paulistas: Paulinho, além de fazer parte do comitê que o indicou, saiu impressionado com a palestra dele em Buenos Aires; parece já se esqueceu das crianças escravas em olarias...). Solano possui trabalhos interessantes, como a sepultura de espelhos, criada em homenagem a seu pai.

A premiação será no dia 13 de novembro, na Academia Mendrisio.

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15 outubro 2008

Demolidores, a missão?

A dica foi do Koob, devidamente registrada nos comentários do post anterior. O negócio é o seguinte: por conta de uma dívida trabalhista, a justiça iniciou os processos para leiloar a sede do Jóquei Clube de Goiás, obra do Paulinho dos anos de 1960.

Quem conhece o prédio já sabe o enredo: espaço escuro e úmido que, se bem conservado, iria parecer as termas do Zumthor...aquele vapor! Hoje, depois de quase 40 anos, a ocupação é a pior possível: um clube de concreto que parece uma escola pública! 'Puxadinhos', 'corzinha' no concreto etc. O espaço parece uma tumba - muito melhor o estádio, esse sim: vale a visita.
Mas, confesso: estou sendo muito radical. Na verdade, com a pobreza arquitetônica de Goiânia - com aquele art déco caipira que não vale nada e eles insistem em preservar - o clube não é desprezível. Deveria ser preservado. Mas, e se for a leilão? A cidade já transformou a maior parte da famosa rodoviária do Paulinho em shopping popular. E o clube de luxo? Que destino terá? Ninguém vai defendê-lo? Vão para o chão ou não vai?

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14 outubro 2008

Topas?

Você é aluno de arquitetura? Tem "conhecimento teórico sobre o tema" ou "atuação profissional na área de arquitetura, design, moda e outros campos relacionados"? E quer conversar com o Paulo Mendes da Rocha, heim?

Seus problemas acabaram: a Escola São Paulo - uma espécie de Casa do Saber descolada - irá realizar o seu sonho e promover este tão sonhado encontro na próxima sexta-feira, dia 17. Para participar do papo de três horas - "uma conversa com a arquitetura" -, basta se inscrever pela web e pagar... 150,00 reais!

Apesar do preço, o curso "avançado" tem patrocínio. De quem? Da Abyara - uma consultoria imobiliária responsável pela 'qualidade' dos prédios de apartamentos de São Paulo.

Para quem estiver interessado, um conselho: vá com Deus - e não esqueça o terço...

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10 outubro 2008

Ouro real para Siza

Mais uma de Siza: seu nome foi anunciado como ganhador da medalha de ouro do Riba de 2009. A entrega será em fevereiro do próximo ano em Londres.

Em matéria do LA Times - onde há um link para ver este vídeo sem graça do prédio da Fundação Iberê Camargo - ele foi chamado de "o mais subestimado arquiteto do mundo". Será?

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06 outubro 2008

O livro do ano

Na quarta-feira da semana que vem - dia 15 - será lançado em Porto Alegre o livro oficial sobre o prédio do Siza em Porto Alegre. Com texto de Kenneth Frampton, Jorge Figueira, Segre, Flávio Kiefer (organizador) e José Luiz Canal (o engenheiro da obra), a publicação foi editada pela CosacNaify. Na ocasião, haverá uma mesa redonda com os autores - menos Frampton, off course -, com direito a Siza em vídeo conferência...

Quem viu o livro, garante: está um primor. Com capa dura e inteiramente em tons sépia, o volume é completo, desde as análises arquitetônicas até a documentação da construção. Mesmo neutralizando a vivacidade da obra de Iberê Camargo, as fotos sem cor dão outra dimensão ao prédio - esqueçam tudo que vocês já viram nas revistas de plantão que deram matéria de capa (aU, Projeto, Architectural Review...). As fotos? São, entre outros, do espanhol Duccio Malagamba e dos brasileiros Nelson Kon e Leonardo Finotti. Os desenhos também estão muito interessantes, com grandes cortes que tomam quatro páginas, com dobradura.

Na quinta - dia 16 -, um dia após a noite de autógrafos em Porto Alegre, acontecerá a abertura da exposição Álvaro Siza -Modern redux, no Instituto Tomie Ohtake, organizado por Figueira, que fica em cartaz até 23 de novembro. Por fim, na sexta, dia 17, finalmente será a vez de São Paulo conhecer o volume: ele será lançado, sem parte dos autores, juntamente com um debate, no mesmo Tomie Ohtake.

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01 outubro 2008

Os demolidores

Em polêmico artigo publicado dia 26 passado no New York Times, o crítico Nicolai Ouroussoff propõe a demolição de prédios em Nova York. Como bom crítico, ele sabe criar uma polêmica. Assim, fez uma lista com 10 prédios, ou seja, os seus candidatos a virarem entulho. Entre eles, estão o Madison Square Garden, as torres de Trump e o Javits Center (de Pei Cobb Freed & Partners).

Olha só: o Alberto anda fazendo escola... Ou quase: é que ele escreveu um artigo sobre o mesmo tema para a revista Morar (da Folha), do mês de setembro. Por coincidência, elas foram publicadas no mesmo dia.

Mas há um ponto de discordância: em linhas gerais, o americano prefere demolir para deixar os espaços vazios ("To be included, buildings must either exhibit a total disregard for their surrounding context or destroy a beloved vista. Removing them would make room for the spirit to breathe again and open up new imaginative possibilities"). Já o brasileiro gostaria de vê-los renovados ("a melhor forma de construir em uma metrópole hoje é, seguramente, demolir. O máximo que puder").

E vocês: querem demolir que obras? E para que?

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29 setembro 2008

O início da era digital?

Que nós não somos nem um pouco cosmopolitas, eu sei. Mas é incrível como esse fato não mereceu nenhuma repercussão por aqui. Considerada uma das mais importantes publicações especializadas do globo - que circulava desde 1930, a célebre revista francesa l'Architecture d'Aujourd'hui deixou de circular. Isso mesmo: ela não é mais publicada.

Por aqui, ela foi muito importante: nos anos de 1950, haviam no Rio de Janeiro e em São Paulo, quase cinco mil assinantes. Com isso, a revista passou a se interessar pelo país: publicava sempre arquitetos brasileiros e realizou alguns números monográficos sobre a arquitetura moderna do Brasil. Ironicamente, o último número que saiu foi o 373, dedicado ao centenário do Niemeyer (e os brasileiros que colaboraram, com textos e fotos, estão esperando até agora o pagamento...). Com os salários atrasados, a redação parou. Depois disto, ela que era nos últimos anos bimestral, não circulou em fevereiro, nem em abril, nem em mês algum. O que não dá para saber é se ela desapareceu por má administração e falta de assinatura e anúncios, pelo desinteresse pelo mundo impresso ou se por todos estes fatores agregados.

A l'Architecture d'Aujourd'hui já mudou diversas vezes de editoras (a última, era a Jean-Michel Place), de editores (desde Andre Bloc até François Chaslin), de linhas editoriais (mais à arquitetura ou mais ao urbanismo), mas sempre resistiu, na trincheira da arquitetura de vanguarda. Em alguns momentos - como na 2ª Guerra, por exemplo - ela até deixou de circular. Resta saber se haverá algum interesse em ressuscitá-la...

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19 setembro 2008

Será?

Ontem, representantes do Foster, do Herzog & de Meuron, do Pelli e do Koolhaas estiveram conversando com João Sayad sobre os destinos da antiga rodoviária, que o governo estadual de São Paulo pretende transformar em Teatro de Dança. Quem deu a notícia foi a Sonia Racy, em sua coluna de hoje (não disponível na net).

Eu, sinceramente, não sei o que o Pelli esta fazendo no meio desta turma. O Foster, tenho dúvidas. Mas uma coisa é certa: pela fachada existente, o projeto está mais para o Koolhaas, não acham? Ou será que é a Prada do Herzog?

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18 setembro 2008

Mistério...

Um grande mistério ronda o mundo editorial arquitetônico: está pronto, há mais de um ano, um livro que o Instituto Tomie Ohtake fez sobre Niemeyer. O livro chama-se Oscar Niemeyer: 100 anos, 100 obras pois tem como linha mestra as supostas 100 obras mais importantes do velho. Quanto aos verbetes, Ricardo Ohtake encomendou-os ao Segre.

Mas, o que aconteceu? Por que o livro, que ficou pronto em dezembro, ainda não foi lançado? Será que Niemeyer não gostou do resultado? Será que estão esperando o velho morrer? Ou será então que houve uma saia justa entre a família Ohtake e Niemeyer?
O que eu sei é que se passarem mais três meses e não lançarem o livro, terão que mudar o subtítulo para 101 anos, 100 obras...

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17 setembro 2008

Eleições 2008?


Mais bagunça no IAB/SP: em ofício, o presidente do IAB/DN João Suplicy solicita a atual presidenta Rosana Ferrari que convoque novas eleições, pois Guedes não cumpriu 2/3 do mandato. E mais: diz ainda que a eleição já deveria ter sido convocada.

Lá vem nova briga jurídica...

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16 setembro 2008

Bi-campionato

Essa é em primeira-mão para os leitores do Alencastro: Peter Zumthor acaba de ser nomeado ganhador do prêmio Praemium Imperiale. Ele ganhará 15 milhões de yens (cerca de 145 mil dólares). Esta é a 20° edição do prêmio, que é anual e possui ainda as categorias pintura, escultura, música e cinema. Em relação aos países de origem dos arquitetos premiados, esta é a primeira vez que um projetista ganha no ano seguinte ao de outro compatriota (quem levou no ano passado foi a dupla Herzog & de Meuron). Será um sintoma da qualidade recente da produção suíça?

Ainda levando em conta as nacionalidades dos premiados, o país que mais venceu a disputa é o Japão, com quatro prêmios (Tange, Ando, Maki e Taniguchi). Se o Pritzker, que é norte-americano e tem o número absoluto de laureados nascidos nos EUA (oito, contra três do Japão e da Inglaterra, ambos em segundo lugar), por que o imperador japonês faria diferente?

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12 setembro 2008

Jura?


Existem semanas em que o notíciario arquitetônico é muito estimulante. "Claudette Soares - Show no Memorial", informa um dos tópicos 'Últimas notícias' na página de abertura do Vitruvius...

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11 setembro 2008

"Eu não uso meu trabalho para ter glória"

Esbarrando no tema '11 de setembro', a New Yorker da primeira semana de setembro - a chamada the style issue - trás, entre outras coisas, um perfil enorme de Santiago Calatrava, onde ele fala da estação que desenhou para o ground zero. Leiam um trecho, que ele descorre sobre as mudanças em seu projeto:

"'Eu acho isso um absurdo, mas não é meu trabalho educar as pessoas', ele me disse. Parte da grandeza do desenho foi perdida, mas, para ele, 'é como se você estivesse fazendo uma pintura. Você encontra partes inacabadas em algumas telas de Rembrandt".

De uma forma geral, o texto da jornalista Rebecca Mead é interessante (e deu trabalho): nas dez páginas da revista impressa (na internet são nove) ela conta a trajetória de Calatrava, o dia-a-dia do arquiteto, mostra a opinião dos clientes - que, de forma geral, o endeusam -, revela o processo criativo em aquarela, fala sobre inspirações etc etc. Ela foi a Milwaukke, conversou com Calatrava no escritório e na casa dele em Nova York, foi também Valência, Espanha, na casa e no escritório do artista. Outro trecho, também falando sobre a estação (que não é o principal assunto):

"'Eu não sou uma marca. Isto é uma marca', disse-me certa vez apontando para o seu relógio, um Patek Philippe. ( Era um modelo 'Calatrava', fabricado pela primeira vez em 1932. Calatrava possui três deles, todos presenteados pelos filhos)".

Apesar da boa vontade do texto, ele não foi capaz de mudar minha opinião sobre a arquitetura de necrotério que ele faz.

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