"eu não uso tênis"

A notícia é velha, tem pouco mais de um ano. Encontrei-a ao acaso, navegando sem destino. É uma entrevista com o Paulinho no site designboom. A conversa foi realizada naquele evento em Cagliari, Itália.

Como fogem das tradicionais perguntas-cabeça, as entrevistas que eles publicam são sempre reveladoras. No caso específico, há coisas curiosas como "eu gosto muito da forma como se vestem as mulheres agora" ou então "eu não gosto de discutir com outros arquitetos. Eu vou com pessoas 'normais', não arquitetos, duas ou três vezes por semana em um bar em São Paulo".

Junto a entrevista, tem um vídeo. Mas há outro melhor diretamente no YouTube, onde o Paulinho fala uma língua estranha... Divirtam-se.

Sexagenária

Para comemorar 60 anos, a FAU/USP faz um exposição com obras de Ruy Ohtake com abertura prevista para 15 de setembro.

Sinal dos tempos?

Virado à paulista

O Futagawa trabalhou rápido: para quem interessar possa, já está no prelo a edição 106 da GA House, dedicada ao Brasil.

Na capa, a já comentada aqui casa em Santa Tereza, de Angelo Bucci - o destaque da edição, que incluiu uma conversa entre o editor e o homem de Orlândia e a casa de Carapicuíba. No mais, tem de tudo um pouco: tutu de feijão, bistecas, linguiças, bananas fritas, ovos, couve e torresmo. Ou seja, um verdadeiro virado à paulista. Para começar, um ensaio geral de Futagawa sobre a arquitetura brasileira. Depois, as casas: Paulinho no Butantã, Andrade Morettin na praia, MMBB na Vila Romana, Nitsche em Iporanga, Gesto e sua casa premiada e a morada de Acayaba.

Quebrando a regra (ou, para alguns, azedando o tempero), o único não paulista da lista é Fernando Rihl e sua indefectível casa fatia. Eu só não entendi quem é o banana nesta história...

Dona Lina

Finalmente. Agora já está marcado: é nesta quarta-feira, às 20h, o lançamento de uma nova edição do livrão de Lina Bo Bardi. Esgotado há muito tempo, a publicação é indispensável para todos arquitetos e amantes das artes em geral. Nos sebos, estava uma fortuna. Agora, a edição é da Imprensa Oficial. A única diferença é o papel, com gramatura um pouco mais encorpada.

Por incrível que pareça, houve uma resistência dentro do Intituto Lina Bo e Pietro Maria Bardi para a realização da nova edição. E vocês sabem quem era o maior opositor, por achar o livro "uma colagem sem muita importância..."? O finado Joaquim...

O próximo Pritzker?

O assunto da semana no meio arquitetônico paulista foi a exposição da Sejima e seu partner em São Paulo. A exposição é composta basicamente de maquetes grandes, realizadas por estudantes da USP. Na abertura de ontem, vejam você, até o Paulinho estava na fila do beija-mão.

Neste exato momento, estou postando, via celular, da concorrida palestra no Instituto Tomie Ohtake. Mais tarde, há outra na FAU/USP. Depois, se valer a pena, comento.

Ausência

Azar de meus detratores: sim, estou de volta. "Onde você estava, Alenca?" é o tipo de pergunta que não vou tolerar. Mas uma coisa é certa: quantas notícias ficaram no ar sem comentários, hein?

Vamos por partes. Primeiro, sobre a morte. Quem coisa hein? Quem poderia esperar esse fim? Ninguém, não é? Morrer assim? E agora? Como ficam nossas instituições? Bom, pelo menos a vida foi longa: que Deus proteja Dercy Gonçalves. Tadinha, viveu só 103 anos...

E por falar em idade, longa vida a este site, que completou dois anos no sábado passado! Esperei todos no Harry's para tomar um Bellini e nada! Tive que beber sozinho. Mas, chega de papo furado: direto ao que interessa. Para retomar rapidamente a antiga forma, fiz uma pegadinha para ver se vocês estão atualizados com o noticiário. Responda quem puder: de quem é a frase lapidar "apenas um idiota teria dito não"?

a) do Nini, ao justificar no site do partidão porque está recebendo cinco milhões de reais de honorários para estragar o prédio do Detran;

b) de Pablito, ao ser inquirido pela Gazeta de Pinheiros sobre o projeto Shopping Cidade Jardim;

c) de Herzog, ao ser perguntado por uma revista alemã porque trabalhou para um país que não respeita os direitos humanos;

d) do Paulinho, ao ser questionado por um estagiário do MMBB sobre o porque de ter aceitado trabalhar com o Julio Neves, à serviço do Maluf.