O próximo Pritzker?
O assunto da semana no meio arquitetônico paulista foi a exposição da Sejima e seu partner em São Paulo. A exposição é composta basicamente de maquetes grandes, realizadas por estudantes da USP. Na abertura de ontem, vejam você, até o Paulinho estava na fila do beija-mão.
Neste exato momento, estou postando, via celular, da concorrida palestra no Instituto Tomie Ohtake. Mais tarde, há outra na FAU/USP. Depois, se valer a pena, comento.
Neste exato momento, estou postando, via celular, da concorrida palestra no Instituto Tomie Ohtake. Mais tarde, há outra na FAU/USP. Depois, se valer a pena, comento.
Marcadores: Instituto Tomie Ohatke, Sejima
12 Comments:
É um Pretzel tão óbvio e merecido que obviamente não vai ganhar.
E ganha quem? A Anne Marie Sumner? Ou o Triptyque?
Rosembaum nao??
Acho que ele também pode concorrer sin, mesmo sem o diploma: em 1995, quem ganhou foi o Ando...
bom, a lista de quem ainda não ganhou o Pretzel é no mínimo equivalente a dos ganhadores.
De fato, olha só: o Paulo ganhou, o Ruy não; a Zaha levou, a Anne Marie não; o Gehry faturou, o Wagner Garcia não; o Piano é Pritzker, o Zanettini não; o Siza ganhou, o Penna não; o Meier tem a medalha, o Bruna não; o Ando foi premiado, o Isay não...
Ok, eu topo o desafio.
I.M.Pei ganhou, Shigueru Ban não.
Hans Hollein ganhou, Steven Holl não.
Thom Mayne ganhou, Diller Scofidio não.
Glenn Murcutt ganhou, Peter Zumthor não.]
Gordon Bunshaft ganhou, Kazuyo Sejima não.
Assim não vale: você fez a lista dos próximos premiados! E outra: para a relação entre premiados e não-premiados ser equivalente, faltão mais de 20 não-premiados.
O fato é que nos próximos anos, por falta de opção, eles terão de premiar arquitetos como o... Edo Rocha!
Assim não vale: você fez a lista dos próximos premiados! E outra: para a relação entre premiados e não-premiados ser equivalente, faltão mais de 20 não-premiados.
O fato é que nos próximos anos, por falta de opção, eles terão de premiar arquitetos como o... Edo Rocha!
Listei 5. Dou 10 anos, e duvido. Tem muitos outros "exóticos" para ganhar antes, e não param de surgir mais. Não que eventualmente não mereçam. Mas como eu vivo dizendo, se todos vão ganhar um dia, a ordem import muito.
Paulo Mendes já ganhou, Sejima e Zumthor não, e mesmo o Nouvel ganheou depois.
Mas vamos tentar resgatar um mínimo de utilidade nessa conversa:
Premiar um arquiteto já é errado por definição. Um premio anual tem que premiar projetos, edifícios. Que é uma forma inclusive de premiar todo o escritório, não apenas o cara que faz as reuniões e toma as decisões (que não é pouco, mas não é tudo).
Eis a minha singela proposta, derivada de um antigo texto do Witold Mxyzptlk.
O Pritzker é um prêmio de trajetória; o Mies é um prêmio por edifício. Ocorre que na 'era de celebridades', meu caro, importa mais o personagem do que seu trabalho. Por isso, o Pritzker tem mais prestígio do que o Mies, que é muito mais concorrido e coerente em sua forma de julgamento (apesar de ser só europeu...).
Por outro lado, em poucas ocasiões o Pritzker coloca luz sobre uma obra em crescimento - só para citar dois, Zaha e Gehry; em geral, é um prêmio para o passado (vide Paulinho, Rogers etc). Ou seja, quem ganhar deve pensar em aposentadoria. Fazer o que?
O Mies Awards - bem lembrado - é bienal e aponta (quase) sempre obras que realmente se destacaram não apenas pela carinha bonita. è um premio digno, mas não se propõe a ser mais que europeu - o que é direito deles, mas limita demais o panorama.
E assim ficamos, concordo, com um prêmio Caras global e um premio de arquitetura regional. O vácuo é evidente.
Mas isso não leva o Pretzel a ser mais do que é, uma versão arquitetônica da Academia Brasileira de Letras, onde conta mais a idade do que a produção.
Ah, esses imortais compulsórios.
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