O início da era digital?
Por aqui, ela foi muito importante: nos anos de 1950, haviam no Rio de Janeiro e em São Paulo, quase cinco mil assinantes. Com isso, a revista passou a se interessar pelo país: publicava sempre arquitetos brasileiros e realizou alguns números monográficos sobre a arquitetura moderna do Brasil. Ironicamente, o último número que saiu foi o 373, dedicado ao centenário do Niemeyer (e os brasileiros que colaboraram, com textos e fotos, estão esperando até agora o pagamento...). Com os salários atrasados, a redação parou. Depois disto, ela que era nos últimos anos bimestral, não circulou em fevereiro, nem em abril, nem em mês algum. O que não dá para saber é se ela desapareceu por má administração e falta de assinatura e anúncios, pelo desinteresse pelo mundo impresso ou se por todos estes fatores agregados.
A l'Architecture d'Aujourd'hui já mudou diversas vezes de editoras (a última, era a Jean-Michel Place), de editores (desde Andre Bloc até François Chaslin), de linhas editoriais (mais à arquitetura ou mais ao urbanismo), mas sempre resistiu, na trincheira da arquitetura de vanguarda. Em alguns momentos - como na 2ª Guerra, por exemplo - ela até deixou de circular. Resta saber se haverá algum interesse em ressuscitá-la...
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