03 setembro 2008

"Manhê, o caminhão da Graneiro chegou..."

O fato não é novidade, aconteceu outras vezes. Mas merece comentário a reportagem que saiu no Los Angeles Times: para ser salva da demolição, uma casa de Richard Neutra construída em 1941 foi transportada de caminhão para outro terreno. Os lotes não eram muitos distante - apenas alguns poucos quilómetros no sentido oeste -, mas a operação foi delicada e burocrática.

Mas, sem querer ofender, o lugar não tem nenhuma importância na concepção de um projeto? Ou os modernos tinham essa vantagem, pois faziam projetos 'universais'? E por aqui, se essa moda pega com nossas obras modernas? Acho que não corremos este risco: ou adapta-se nossos templos de concreto ou elas vão para o chão, definitivamente.

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14 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Mas há um meio termo, né, Alencastro. Nem tão universal que caiba em qualquer lugar, nem tão específico que não sirva para um lugar só. Isso falando da arquitetura em si.

Do caso específico de uma casa que fez sua história em um determinado lugar ser levado para outro, não tem jeito. Inevitvelmente virou museu de si mesma.

PS: Descontando, claro o fato de que levamos qualquer casinha a sério demais.

3:22 PM  
Anonymous Anônimo said...

Imagina mudar a Casa Gerassi de lugar!?

4:09 PM  
Blogger Alencastro said...

Mas por que não tão específico? Quando é que as casas se movem? Acho que, quem quiser, pode fazer específico sim, ora!

Sim, LEVAMOS qualquer casinha a sério demais; tens uns, que as LEVAM até para outro lugar...

5:38 PM  
Blogger Alencastro said...

A Gerassi até que dá... quero ver a Millan!

5:38 PM  
Anonymous Anônimo said...

As casas se movem quando seu projeto (ou, va lá, seu partido) é reutilizado em um outro lugar que apresenta condições semelhantes.

Nesse sentido que quis dizer que algumas tipologias modernas podem sim -até pelo vínculo estético com certas soluções de conforto - se reproduzir com pertinência em lugares diferentes.

Got it?

6:47 PM  
Anonymous Anônimo said...

eu nunca esqueci de um episódio do pateta (goofy) carregando a casa dele para outro lugar e o pluto no banco de trás chorando pq tinha escondido os ossinhos dele enterrado lá no terreno.
Eu acho q é bem por aí. Tirar um projeto de um lugar e simplismente colocar em outro gera uma mudança muito maior do q apenas a geográfica. Provavelmente essa casa servia de referencia para toda vizinhança daquele lugar.

7:30 PM  
Anonymous Anônimo said...

http://br.youtube.com/watch?v=OIqUxDBQQ_k

e essas obras que resolvem sair andando?!

9:40 AM  
Anonymous Anônimo said...

Se a outra opção for a demolição acho que vale mudar de lugar sim, deixa de ser o projeto original, mas alguma coisa permanece.
A casa do Roberto Millan está salva (por enquanto) nas mãos da família apesar da ameaça neoclássica no muro ao lado. A que está na mira dos corretores é a Nadyr de Oliveira e seu terreno de 2000 metros, na verdade não sei da situação atual pois não passo lá há mais de um ano.

Sergio

11:33 AM  
Blogger Alencastro said...

Sei não, Alberto. Acho que depende do caso. Eu não conheci de perto nenhuma construção que saiu andando por ai; creio que se eu tivesse algum vínculo com a obra, iria achar muito estranho.

1:19 PM  
Blogger Alencastro said...

Concordo, Mave.

1:20 PM  
Blogger Alencastro said...

Boa dica, anônimo. Vejam o vídeo que é divertido.

1:20 PM  
Blogger Alencastro said...

A Millan que comentávamos, era a do Paulinho, na Circular do Bosque (que foi reformada a pouco, pelo próprio arquiteto).

Já a Nadyr de Oliveira, ainda está intacta; mas, sei não, deve ser modificada em breve. Afinal, quem será o burguês capaz de pagar a fortuna que estão pedindo - que acho justo, pela obra, terreno etc -, e morar em uma casa com três quartos e um banheiro?

1:24 PM  
Anonymous Anônimo said...

Se aqui decidissem mover as boas obras de lugar, teríamos todas num lugar só, um cemitério da boa arquitetura.

7:04 PM  
Blogger Alencastro said...

Ótima essa, Vissotto.

4:17 PM  

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