30 agosto 2006

De volta para casa

Depois de seis anos na Holanda como diretor do NAI (Netherlands Architecture Institute), Aaron Betsky será o novo diretor da área da arquitetura do Cincinnati Art Museum, que completa este ano 125 anos.

O processo de escolha demorou seis meses e trás Betsky de volta aos Estados Unidos. Antes da passar pelo NAI, ele foi curador do Museu de Arte Moderna de San Francisco. Nascido em Missoula, Montana, mas de origem holandesa, ele já viveu em Cincinnati na década de 1980, quando lecionou na University of Cincinnati’s School of Architecture and Interior Design.

Betsky fez parte ainda do júri que, em 1998, escolheu o projeto do novo centro de arte contemporânea da cidade - de Zaha Hadid.

Aos 48 anos e autor de centenas de artigos e mais de duas dezenas de livros de arquitetura (entre eles, 10 x 10 e livros monográficos sobre Zaha Hadid, OMA, UN Studio e MVRDV), Betsky se notabiliza pela qualidade de seu trabalho (ele quadruplicou a visitação das exposições no NAI!) e por alinhar-se, por seus escritos e escolhas, com as tendências mas contemporâneas da arquitetura de nossa época - leia-se ai Zaha Hadid, Koolhaas etc - em oposição ao que Roberto Segre chamou "de pressão [minimalista] que os críticos espanhóis exercem sobre a opinião mundial" .

Segundo o site do museu, ele começa a trabalhar em meados de novembro. Vamos esperar para ver se ele coloca Cincinnati de pernas para o ar.

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29 agosto 2006

Enquanto isso, em Long Island...

Deu no NYT: Herzog & de Meuron estão desenhando um museu em Long Island, o Parrish Art Museum. O espaço é dedicado as artes plásticas, principalmente a produzida na ilha - com destaque para Chuck Close, Ross Bleckner, de Kooning e Lichtenstein.

Parece interessante. Pelo menos, melhor do que a ampliação da Tate, em Londres...

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28 agosto 2006

Up to day 4

Uma pequena entrevista dos badalados arquitetos do SANAA, publicados no site Designboom. O S é de Sejima e N é de Nishizawa. Meio bobinha, espero que seja a tradução mal feita...

Qual é o melhor momento do dia?
S: Pouco antes de ir dormir, quando tudo está finalizado!

Que tipo de música vocês estão ouvindo no momento?
S: Clássica.

Vocês escutam rádio?
S: Não.

Que livros você tem em seu criado mudo?
S: Livros não, só revistas.

Qual sua preferência no mundo da moda?
S: Eu geralmente uso 'commes des garcons'.

Que tipo de roupa você usa?
S: Nenhuma em particular; o que eu preciso usar, eu uso.

Você tem algum animal de estimação?
S: Não.

Quando você era criança, você desejava ser arquiteto?
N: Eu nunca imaginei que seria um arquiteto.
S: Eu também Não.

N: Ela queria ser uma avó! Engraçado! As avós sempre parecem...
S: Elas são relaxadas
N: Felizes e relaxadas.
S: Sim, quando eu era criança eu realmente queria ser uma avó.
N: Sentar no terraço e aproveitar o sol.

Onde vocês trabalham seus projetos?
S: No escritório, basicamente.

Qual projeto lhe deu maior satisfação?
N: Todos os projetos nos trazem satisfação e reflexão. E nós precisamos desta duas coisas para dar o próximo passo.

Qual o tipo de programa que vocês mais gostam de trabalhar?
S: Escola, mas nós nunca tivemos esta experiência.
N: Sim, ela gostaria de fazer um edifício público para crianças.
S: Ele gostaria de fazer uma igreja.

Vocês discutem seu trabalho com outros arquitetos?
N: Sim, na sociedade japonesa, nós sempre organizamos debates, 'oficialmente' entre outros arquitetos, e nós tentamos criticar uns aos outros...
S: E é usual fazerem algumas críticas.
N: Sim, em encontros de arquitetura, ou em simpósios. Mas as vezes fazemos isso em bares...para elogiar uns aos outros (risos).

Defina seu estilo, como se fosse um amigo descrevendo ele...
N: Coerente, consistente, sempre fazendo a mesma coisa. Um de nós tem a grande capacidade de preocupar-se em como criar uma relação entre dentro e fora, é muito importante para nós falar sobre isso.
S: E também as proporções. Eu acredito não em 'boa proporção' mais em escala e como isso se dispõe na área. Quando usamos vidro ou uma pela ou uma parede de concreto, isso depende, na maioria das vezes, da área.

Vocês podem descrever a evolução do trabalho de vocês desde o primeiro projeto até hoje?
N: Eu não sei da onde começar, nós fundamos o escritório SANNA em 1995 e dez anos já passaram desde então. Antes disto, a maior parte de nosso trabalho era em planejamento, entro de outro tipo de organização.
S: Provavelmente, nosso interesse agora é mais em como organizar 'um programa' de um edifício - o layout dos ambientes e como as pessoas se movem lá dentro. E também nos interessamos em fazer uma relação entre o 'programa' e a área externa e como ela se ajusta a vizinhança. Em nossos projetos nós temos diferentes exigências quando os lugares são diferentes, nós tentamos achar nosso caminho.

Existe alguns arquitetos do passado que vocês apreciem?
S: Muitos.
N: Le Corbusier, Mies van der Rohe, Oscar Niemeyer. Este é o trio inesquecível para mim.

E dos que ainda estão trabalhando?
N: Frank Gehry, Rem Koolhaas, Álvaro Siza...

S: Para mim é difícil dizer alguns, existem muitos que eu gosto.

Vocês tem algum conselho para os jovens?
N: Pratiquem.
N e S: Continuem

O que vocês temem no futuro?
S: Eu sempre temo o futuro mas ao mesmo tempo eu estou olhando em busca dele. Estamos aptos para enfrenta-lo.
N: Bom, pessoalmente, estou muito preocupado com meu futuro por que eu não sei o que irá acontecer! Eu faço planos, mas não posso prever.

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Up to day 3

Entre os mais conhecidos projetos da dupla, estão a loja da Dior em Tóquio, um novo museu em Nova York e o Kanazawa Museum of Contemporary Art em Ishikawa (na foto acima), no Japão, este último publicado no Brasil pela aU.

Em entrevista a Projeto, republicada no Arcoweb, o arquiteto português Carrilho da Graça disse ser um admirador de Sejima. Leia o trecho:

No cenário internacional, qual arquitetura o senhor admira?
Gosto particularmente de Kazuyo Sejima. Vi recentemente uma exposição sobre um concurso para construção de um edifício no campus da Universidade de Los Angeles, do qual ela participou. Ela quase engolia os projetos concorrentes, na exposição parecia que estávamos vendo arquiteturas com séculos de diferença. Enquanto todos tratavam de um universo da arquitetura com paredes, janelas e escadas, como todos os lugares em que fizemos edifícios até hoje - a proposta intervém em prédios não muito interessantes no campus -, a proposta de Sejima é mais da ordem da natureza, de certa forma lembra a marquise de Niemeyer no Ibirapuera. É um edifício divertido, intenso e bonito.

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Up to day 2


Mais uma obra do SANAA (de Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa) está na mira da mídia internacional. Além do projeto da Alemanha, os dois acabam de concluir um novo espaço cultural em Ohio, EUA.

O Toledo Museum of Art - destaque de hoje da coluna de Nicolai Ouroussoff, no NYT - é basicamente um pavilhão de vidro que remete a indústria local - hoje inexistente - que praticamente só fabricava vidros.

Mas as imagens não são muito animadoras...

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22 agosto 2006

Up to day

A capa da Domus 895, de setembro de 2006, é o novo Zollverein School of Management and Design criado pelo escritório japonês SANAA. O projeto é pretensioso: ele pretende transformar a área em um fórum internacional de design e cultura.

O Zollverein Mining Complex, uma antiga área industrial da Alemanha declarada patrimônio da humanidade pela UNESCO em 2001, possui masterplan desenvolvido pelo OMA - que inclui novas construções, tais como a do Sanaa.

No local, já funciona um espaço de Norman Foster desde 1997. O centro de visitantes, criado pelo OMA, será em breve inaugurado.

Só se fala disto lá no Glicério.

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O inferno na torre

Os arquitetos contemporâneos querem inventar uma nova onda a cada segunda-feira.

Olhem só a proposta de ampliação da Tate Gallery, matéria do El Pais, criada pelo Herzog & de Meuron. Eu até simpatizava com a requalificação que eles realizaram na antiga construção (no desenho, ao fundo) - e que foi a mais econômica entre os finalistas do concurso.

Depois de gastarem relativamente pouco na requalificação da antiga usina, querem agora gastar tudo o que não gastaram.

Não conheço os detalhes, posso até mudar de idéia, mas... é muito estranho, não? Parece umas caixas empilhadas.

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Revista em coleção

A Taschen está lançando uma compilação da revista Domus. São 12 volumes e quase sete mil páginas com as melhores matérias publicadas entre 1928-1999.

O preço? 600 dólares.

São mais de 60 anos de publicação! No Brasil, a revista que durante mais tempo foi publicada é a extinta Acrópole, por 33 anos.

Qual será a revista de nossa época que, se compilada daqui há 60 anos, vai causar emoção em nossos netos? A própria Domus? A AV? A El Croquis? E o que dizer das nacionais?

Façam suas apostas.

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21 agosto 2006

Será que fica bom?

Sabem que obra é essa?

É o aclamado Estádio Olímpico de Pequim, do Herzog & de Meuron. Lógico que uma imagem ainda da construção. Estranho não?

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18 agosto 2006

Arquitetura da felicidade

Para os mais afoitos, já chegou na Livraria Cultura (por 72,50 reais) o novo livro de Alain de Botton, cujo tema é arquitetura.

Entitulado The Architecture of Happiness, o volume em breve deve ser traduzido pela editora Rocco, que já traduziu os outros livros do autor: Ensaios de amor (traduzido em 1997), O movimento romântico (1998), Como Proust pode mudar sua vida (1999), Nos mínimos detalhes (2000), As consolações da filosofia (2001), A arte de viajar (2003) e Desejos de Status (2005).

Vedete da cena literato inglesa, o jovem autor, nascido em 1969 na Suíça - filho de financistas - dá o que falar. Seu primeiro livro - Como Proust pode mudar sua vida, de 1993 - foi bestseller e virou documentário na BBC. Já As consolações da filosofia, lançado em 2000, foi adaptado no ano seguinte para a TV.

Ele é um dos expoentes de uma tendência literária chamada "nova filosofia", com diversos outros adeptos contemporâneos que procuram aproximar do grande público de idéias filosóficas restritas aos intelectuais. Vamos ver como ele se sai falando de arquitetura.

Vou comprar no fim de semana. Depois comento.

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17 agosto 2006

Eisenman em cena

Peter Eisenman está começando a sair do limbo.

Depois de amargurar anos sem realizações concretas, acaba de ser inaugurado o estádio de futebol americano em Arizona (com ar-condicionado, teto retrátil e gramado sobre um piso que pode ser transportado para for a, para tomar sol). O projeto foi alvo de artigo de Nicolai Ouroussoff, crítico do NYT.

No entanto, é a Cidade da Cultura na Galícia, já em obras, que deverá trazer o arquiteto com força nas páginas das publicações especializadas. A maquete era interessante, é esperar a obra finalizada para avaliar.

Eisenman propôs ainda construir as torres de John Hedjuk, em homenagem ao amigo. As torres foram desenhadas em 1992 para o jardim botânico de Santiago de Compostela, mas nunca foram executadas.

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16 agosto 2006

engenheiros versus arquitetos













Na eterna briga entre as profissões, não faltam anedotas. Mas deixamos-nas para lá.

O fato é que dois livros recentes - Por que os edifícios ficam de pé, de Mario Salvadori (da Martins Fonte), e Arquitetura da Engenharia ou Engenharias da Arquitetura, de João Marcos Lopes, Marta Bogéa e Yopanan Rebello (da Pini/Mandarim) - parecem tratar do mesmo assunto, um tanto quanto desconhecido pelos arquitetos.

A obra do italiano Salvadori, professor da Columbia (NY), foi alvo da coluna do Guilherme Wisnik (só disponível para assinantes do UOL ou da Folha) desta semana na Ilustrada.

Para Wisnik, "o livro é um generoso guia para a compreensão do comportamento estrutural das edificações, noção que está na base das soluções formais". Segundo o colunista da Folha, o volume ancora-se nas "permanências históricas", no lugar de "um evolucionismo técnico". Depois de falar brevemente da evolução das cúpulas, o texto do periódico perde tempo em comentar aspectos formais do livro, falando das capas, de Artigas e Nelson Kon. Desnecessário.

Já o livro de Lopes, Marta e Yopanan (estes dois últimos conhecidos pela coluna sobre o tema, publicada revista na aU) será lançada no dia 25 de agosto, sexta-feira, às 19h, na Livraria da Vila (rua Fradique Coutinho, 915, São Paulo).

Em tempos de exibicionismos formais, as mensagens destes engenheiros podem ser pertinentes para aqueles que desejam ser tectônicos.

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15 agosto 2006

aU na rede



A revista aU anuncia lançamento de site. Pelo visto, o conteúdo - formado por matérias publicadas na revista - é fechado a assinantes. Só está disponível o início da cada texto e algumas fotos.

Perguntar não ofende: por que o assinante vai querer acessar o conteúdo que já recebeu em casa?

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"Um passo para trás"

Vale a pena ler a entrevista de Juhani Pallasmaa, para o suplemento Babélia, do El Pais.

O arquiteto finlandês faz duras críticas contra o star systems arquitetônico estabelecido. A arquitetura atual é "narcisista, pois enfatiza o arquiteto", segundo Pallasmaa. "E é niilista, pois não reforça as estruturas culturais, as aniquila. Hoje, os mesmos arquitetos constróem por todo o mundo e os mesmos edifícios estão em toda parte. Assim, é difícil que a arquitetura possa reforçar alguma cultura", relata.

Outros trechos:

"A arquitetura deveria estar social e culturalmente orientada. Isso se perdeu."

"A arquitetura de hoje descuidou dos sentidos, mas não é só isso que explica sua desumanidade. Ela não é para as pessoas. Tem outros objetivos, que não é o uso comum. A arquitetura se converteu em uma arte visual"

Pallasmaa terá seu livro Los ojos de la piel publicado pela editora espanhola Gustavo Gili.

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14 agosto 2006

Brutalismo latino

Vem do México a nova grande obra brutalista da América Latina. Trata-se da biblioteca pública José Vasconcelos, desenhada por Albert Kalach.

O projeto foi escolhido em concorrido concurso internacional com 592 concorrentes - que teve como finalistas, entre outros, o inglês David Chipperfield, o espanhol Josep Lluís Mateo, o norte-americano Eric Owen Moss e o uruguaio radicado no Brasil Hector Vigliecca.

Em novembro de 2003, Vigliecca relatou sua participação, em texto publicado no Vitruvius.

Ele, na ocasião, citou o texto de Luís Fernandes-Galiano -que compôs o júri da 2ª fase - publicado no El Pais. Agora, de novo no El Pais, Fernanda Canales critica a obra, já inaugurada, relacionando-a com o populismo de Vicente Fox (o texto foi traduzido para o português pelo site Vivercidades). Além disto, Canales compara a construção com outra inauguração do presidente mexicano - um segundo anel viário construído na Cidade no México.

Na década de 1980, enquanto acompanhava Marlene Acayaba, que fazia seu mestrado sobre a casa paulista, Cecília Rodrigues dos Santos teve a sensação de que alguns proprietários das moradas visitadas pareciam estar vivendo embaixo de viadutos. Mas respeitavam os projetos como se fossem obras de arte.

Será este o triste destino do brutalismo, ser comparado a viadutos de concreto?

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11 agosto 2006

Le Corbusier, o retorno

A cidade de Firminy, na França, acaba de concluir uma igreja de Le Corbusier desenhada em 1963. Esta é a terceira obra de LC na cidade, que também abriga uma unidade de habitação (1965-67) e o Espaço LC (ex-Casa da Cultura, 1961-65).

A polêmica que se instala é a seguinte: deve uma obra ser concluída, sem a participação de seu autor, depois de mais de 40 anos? E as mudanças realizadas na obra? Quem está autorizado a fazer? A igreja acabada pode ser considerada uma obra de Corbu?

Nicolai Ouroussoff, crítico de arquitetura do NYT, deu sua opinião em texto interessante.

O perigo é Corbusier rivalizar com o star-system na atenção que atrairá da mídia internacional...

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10 agosto 2006

Play-ground de arquitetos

A China é a nova fronteira da arquitetura. O ritmo frenético do crescimento do país é acompanhado pelas novas construções. A mídia internacional publica com interesse os prédios construídos no país - em vista a informar os leitores mundo a fora e conquistar o mercado local.

A italiana Domus, por exemplo, acaba de criar uma versão em chinês. Na edição 894 (de julho/agosto de 2006), há destaque para o Jinhua Architecture Park, quase, em metáfora ao próprio país, um play-ground de arquitetos.

O espaço foi criado em homenagem ao poeta Jinhua, "exilado por razões políticas pelo partido comunista por mais de 20 anos, mas depois reconhecido, após sua morte, com importante figura da cultura chinesa", relata Ai Wei Wei, coordenador do projeto em entrevista a Hans Ulrich Obrist. Wei Wei, que trabalhou com Herzog & de Meuron no projeto do estádio olímpico, convidou os suíços para criarem a seis mãos o programa e o master plan do parque.

Foram convidados 16 arquitetos e designers, entre chineses e estrangeiros, para desenharem diferentes pavilhões ao longo da área, implantada as margens do rio Yiwu. Um dos espaços foi criado por Wei Wei e outro por H&dM, ilustrado na foto do post (ao fundo da imagem, o espaço do mexicano Fernando Romero, uma casa de chá-ponte).

A estratégia de criação do parque é a mesma utilizada em bens industrializados pelos chineses: trabalham em conjunto com os estrangeiros até adquirir know-how; depois, fazem criam produtos mais baratos e acabam com o mercado estabelecido, graças a mão de obra barata.

Resta saber qual será o resultado desta pirataria intelectual na arquitetura.

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09 agosto 2006

Polêmica do mês

O universo arquitetônico não costuma ser polêmico. Não que os participantes não expressem suas opiniões, mas o fazem, em geral, em cochichos de mesas de bares. Nunca publicamente.
Na blogosfera arquitetônica nacional, a polêmica do mês foi o projeto de ampliação do MNBA, no Rio de Janeiro, criada por Paulo Mendes da Rocha e a equipe da Metro Arquitetura (guardado a sete chaves, o projeto foi apresentado na revista Projeto Design e depois em seu site, o arcoweb).
Três blogs, o architecture, o observador e o um arquiteto comum, fizeram cometários, todos negativos.

Confesso que gosto.

Os três comentários a que me refiro utilizaram, com certa maldade, a foto da maquete postada acima. Vista por este ângulo, a intervenção parece mais forte do que realmente é. Não quero dizer com isso que ela não é violenta, e acho que esta é uma das virtudes do projeto.

Mas, de fato, a proposta potencializaria o museu, dobrando a área construída, de forma dinâmica. Agora, a polêmica se o novo volume é ou não perceptível do ponto de vista do pedestre, é o de menos: se não fosse visível, qual graça teria?

Não tenho carteirinha do fã-clube do Mendes da Rocha, mas o admiro: ele é um arquiteto marginal, um anti-herói, e certamente não faz projetos para agradar a patuléia.

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Este blog tem como objetivo comentar o universo arquitetônico. Vamos ver se funciona.

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