24 outubro 2008

Cumpleaños

Oitenta primaveras... nada mal, heim? Quem as completa neste sábado? O Paulinho, claro. Mas coloco o post no ar hoje pois só acesso a internet no fim de semana por um bom motivo. Assim, quem encontrar com ele no Sujinho pode dar os parabéns.

Mas ele não terá tempo de comemorar armando um histórico rega-bofe no pé-pra-fora: semana que vem estará de novo em Portugal, para seminário em Tomar.

Sem trocadilhos, por favor.

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22 outubro 2008

Mortos-vivos


Na linha da revalorização dos anos 80, na próxima segunda-feira haverá uma palestra com Mario Botta, em São Paulo - no Museu da Casa Brasileira. Com a velocidade da mídia atual, ninguém mais se lembrava do cara. O fato e que ele ainda produz, e mostrara obras recentes. A ver.

Nos últimos tempos, seu mais nobre trabalho foi ter ajudado a premiar o jovem paraguaio Solono Benitez -nascido em 1963 - agraciado com a primeira edição do BSI Swiss Architectural Award. Tá certo que Botta identificou-se com o tijolo de Solano, que levou para casa 100 mil francos suíços. Mas, realmente, ele cria algo original.

Há tempos que estou pensando em falar do trabalho dele, queridinho pelos jovens paulistas (queridinho também dos velhos paulistas: Paulinho, além de fazer parte do comitê que o indicou, saiu impressionado com a palestra dele em Buenos Aires; parece já se esqueceu das crianças escravas em olarias...). Solano possui trabalhos interessantes, como a sepultura de espelhos, criada em homenagem a seu pai.

A premiação será no dia 13 de novembro, na Academia Mendrisio.

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15 outubro 2008

Demolidores, a missão?

A dica foi do Koob, devidamente registrada nos comentários do post anterior. O negócio é o seguinte: por conta de uma dívida trabalhista, a justiça iniciou os processos para leiloar a sede do Jóquei Clube de Goiás, obra do Paulinho dos anos de 1960.

Quem conhece o prédio já sabe o enredo: espaço escuro e úmido que, se bem conservado, iria parecer as termas do Zumthor...aquele vapor! Hoje, depois de quase 40 anos, a ocupação é a pior possível: um clube de concreto que parece uma escola pública! 'Puxadinhos', 'corzinha' no concreto etc. O espaço parece uma tumba - muito melhor o estádio, esse sim: vale a visita.
Mas, confesso: estou sendo muito radical. Na verdade, com a pobreza arquitetônica de Goiânia - com aquele art déco caipira que não vale nada e eles insistem em preservar - o clube não é desprezível. Deveria ser preservado. Mas, e se for a leilão? A cidade já transformou a maior parte da famosa rodoviária do Paulinho em shopping popular. E o clube de luxo? Que destino terá? Ninguém vai defendê-lo? Vão para o chão ou não vai?

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14 outubro 2008

Topas?

Você é aluno de arquitetura? Tem "conhecimento teórico sobre o tema" ou "atuação profissional na área de arquitetura, design, moda e outros campos relacionados"? E quer conversar com o Paulo Mendes da Rocha, heim?

Seus problemas acabaram: a Escola São Paulo - uma espécie de Casa do Saber descolada - irá realizar o seu sonho e promover este tão sonhado encontro na próxima sexta-feira, dia 17. Para participar do papo de três horas - "uma conversa com a arquitetura" -, basta se inscrever pela web e pagar... 150,00 reais!

Apesar do preço, o curso "avançado" tem patrocínio. De quem? Da Abyara - uma consultoria imobiliária responsável pela 'qualidade' dos prédios de apartamentos de São Paulo.

Para quem estiver interessado, um conselho: vá com Deus - e não esqueça o terço...

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10 outubro 2008

Ouro real para Siza

Mais uma de Siza: seu nome foi anunciado como ganhador da medalha de ouro do Riba de 2009. A entrega será em fevereiro do próximo ano em Londres.

Em matéria do LA Times - onde há um link para ver este vídeo sem graça do prédio da Fundação Iberê Camargo - ele foi chamado de "o mais subestimado arquiteto do mundo". Será?

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06 outubro 2008

O livro do ano

Na quarta-feira da semana que vem - dia 15 - será lançado em Porto Alegre o livro oficial sobre o prédio do Siza em Porto Alegre. Com texto de Kenneth Frampton, Jorge Figueira, Segre, Flávio Kiefer (organizador) e José Luiz Canal (o engenheiro da obra), a publicação foi editada pela CosacNaify. Na ocasião, haverá uma mesa redonda com os autores - menos Frampton, off course -, com direito a Siza em vídeo conferência...

Quem viu o livro, garante: está um primor. Com capa dura e inteiramente em tons sépia, o volume é completo, desde as análises arquitetônicas até a documentação da construção. Mesmo neutralizando a vivacidade da obra de Iberê Camargo, as fotos sem cor dão outra dimensão ao prédio - esqueçam tudo que vocês já viram nas revistas de plantão que deram matéria de capa (aU, Projeto, Architectural Review...). As fotos? São, entre outros, do espanhol Duccio Malagamba e dos brasileiros Nelson Kon e Leonardo Finotti. Os desenhos também estão muito interessantes, com grandes cortes que tomam quatro páginas, com dobradura.

Na quinta - dia 16 -, um dia após a noite de autógrafos em Porto Alegre, acontecerá a abertura da exposição Álvaro Siza -Modern redux, no Instituto Tomie Ohtake, organizado por Figueira, que fica em cartaz até 23 de novembro. Por fim, na sexta, dia 17, finalmente será a vez de São Paulo conhecer o volume: ele será lançado, sem parte dos autores, juntamente com um debate, no mesmo Tomie Ohtake.

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01 outubro 2008

Os demolidores

Em polêmico artigo publicado dia 26 passado no New York Times, o crítico Nicolai Ouroussoff propõe a demolição de prédios em Nova York. Como bom crítico, ele sabe criar uma polêmica. Assim, fez uma lista com 10 prédios, ou seja, os seus candidatos a virarem entulho. Entre eles, estão o Madison Square Garden, as torres de Trump e o Javits Center (de Pei Cobb Freed & Partners).

Olha só: o Alberto anda fazendo escola... Ou quase: é que ele escreveu um artigo sobre o mesmo tema para a revista Morar (da Folha), do mês de setembro. Por coincidência, elas foram publicadas no mesmo dia.

Mas há um ponto de discordância: em linhas gerais, o americano prefere demolir para deixar os espaços vazios ("To be included, buildings must either exhibit a total disregard for their surrounding context or destroy a beloved vista. Removing them would make room for the spirit to breathe again and open up new imaginative possibilities"). Já o brasileiro gostaria de vê-los renovados ("a melhor forma de construir em uma metrópole hoje é, seguramente, demolir. O máximo que puder").

E vocês: querem demolir que obras? E para que?

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