31 janeiro 2007

Balzaca

Completa hoje 30 anos a inauguração do Centre Georges Pompidou, em Paris.

O prédio sempre será um bom exemplo para aqueles que defendem os concursos de arquitetura. Imaginem vocês, principalmente aqueles que se acham jovens arquitetos talentosos, que Richard Rogers e Renzo Piano, quando venceram o concurso (em 1971), tinham 38 e 34 anos, respectivamente. E praticamente nada haviam projetado.

Desenhado para receber sete mil visitantes por dia, o Pompidou suportou mais de 20 mil por 25 anos. Depois da reforma, realizada há cinco anos, o centro limitou o acesso. Agora, por exemplo, há necessidade de pagar para subir as escadas rolantes - transformadas em atração turística.

A história dos bastidores do concurso daria um grande livro - se é que já não existe. Quem estava no júri? Oscar Niemeyer. Entre os brasileiros que concorreram, Paulo Mendes da Rocha e Pedro Paulo de Melo Saraiva.

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30 janeiro 2007

Que meda!

“Se eu não tivesse escolhido ser músico, eu teria sido arquiteto”, disse Gilberto Gil na abertura da exposição de Niemeyer, no Paço Imperial.

Já imaginaram as obras que ele iria criar?

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29 janeiro 2007

Ação e reação

A Folha de domingo, com direito a chamada de capa, publicou uma reportagem (escrita por Mario Cesar Carvalho e só disponível para assinantes do jornal ou do UOL) sobre o processo que o escritório Una Arquitetos move contra Os Correios. A pendenga judicial é em consequência a mudanças que o contratante fez no desenho que os projetistas realizaram para transformação da antiga sede da empresa em solo paulistano. Alvo de concorrido concurso - cuja vitória destacou o nome do escritório - a obra se arrasta por quase uma década.

Segundo a matéria, o Una entrou com uma ação judicial contra a estatal por:

"1) O projeto estrutural de uma clarabóia foi modificado, sem a aprovação dos engenheiros calculistas que a conceberam. Na proposta original, quatro paredes sustentavam a clarabóia. Com a mudança, a estrutura de metal está apoiada só em duas paredes;
2) O piso e a forma de colocação foram alterados; foi incluído um rodapé de cor diferente do piso, algo que não existia no projeto premiado;
3) O projeto da laje do "foyer" foi mudado; com isso, o pé-direito do espaço ficou cerca de 30 centímetros mais baixo do que a concepção original;
4) As alterações contemporâneas deveriam ser em concreto aparente sem pintura, para deixar claro que houve intervenção no prédio. Esse critério não foi respeitado na obra;
5) Uma rua interna, resquício da época em que os bondes entravam no prédio para depositar e retirar correspondência, foi coberta, diferentemente do projeto original;
6) A escada rolante ficou mais curta do que estava na concepção original;
7) Os guardas-corpos foram feitos em material e desenho diferentes do previsto;
8) Os banheiros foram completamente alterados;
9) Foi introduzido um pilar no "foyer" do teatro;
10) A área das janelas na parte interna foi reduzida."

Ainda, segundo o texto, eles pedem para, se comprovada as mudanças, que o nome deles não seja associado ao projeto. O contratante rebate dizendo que "o projeto original apresentou falhas, omissões e discrepâncias, somente identificadas durante a execução da obra".

Resta esperar o desfecho para ver no que vai dar.

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Um brinde!


Deu no The Gazette, do Canadá: foi Peter Eisenman quem desenhou o bolo do 80° aniversário de Phyllis Lambert, ocorrido no último dia 24. Ela é uma importante personagem dos bastidores da arquitetura moderna, responsável, entre outras coisas, pela escolha de Mies van der Rohe para a construção do Seagram Building (Phyllis trabalhava com Mies e seu pai, Samuel Bronfman, era o dono da Seagram). Ela também é fundadora do Canadian Centre for Architecture, um dos mais atuantes centros de pesquisas canadenses sobre arquitetura.

O que seria da nobre arte sem o mecenato? Longa vida a Phyllis Lambert!

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24 janeiro 2007

Trio Mocotó

Inaugura hoje, em Londres, o Mocotó. Trata-se de um restaurante com comida brasileira, lógico que muito chic, e que promete fazer sucesso.

Isso por que a casa ocupa um espaço e tanto na Knighsbridge, próximo a Harrod's. A frente da empreitada está o já denominado trio Mocotó. Em uma ponta, o dono, o inglês David Ponte, que já morou no Brasil. Na outra, chefiando a cozinha, a talentosa Bel Coelho. E quem vocês acham que completa a trinca, o autor do projeto? Isay Weinfeld, of course.

A última vez que ele foi visto voltando de Londres, depois de uma visita à obra, me disseram que ocupava duas cadeiras da primeira classe. Uma para ele, outra para o ego.

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23 janeiro 2007

Olá!

E aí, macacada? Tudo bem?

Bom, estou de volta... Achei que voltaria no início de janeiro, mas não deu. Tive um compromisso inadiável na capital do mundo e emendei mais duas semanas.

Bom, entre outras coisas, de lá eu trouxe a coleção da Domus feita pela Taschen. É imperdível ! (é melhor encomendar pela Amazon do que trazer no lombo, afinal, são quase 7 mil páginas!). Os livros vem em duas caixas e são muito pesados. O preço é salgado, 600 dólares, mas vale cada centavo.

A edição é feita com o melhor do que foi publicado, inclusive alguns anúncios. Várias capas também foram reproduzidas. Vi tudo em dois dias! Do Brasil? Pouca coisa. O mais notável, para variar, é Niemeyer, que ilustra uma das capas, com um projeto na Itália. E a Taschen parece que gostou do resultado: já estão anunciando que farão o mesmo com outras revistas. Qual é a próxima? Arts & Architecture.

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