Arquitetura na piauí (2)
Como prometido desde o início, a revista piauí tem dado destaque - direto e indireto - as questões da arquitetura. Por aqui, acompanho desde o início. De fato, arquitetura apareceu com um pouco de atraso, no n°5 (fevereiro), mas valeu a espera. Depois, foram publicados diversos textos que não comentei. Vale fazer um breve retrospecto.
-No número 6 teve a história do roubo da escultura do Flávio de Carvalho realizada por alunos da FAU/USP e ECA, entre eles o Fernando Meirelles, escrita pelo Cadão Volpato (comentada aqui);
-No número 7, Daniela Pinheiro nos brindou com uma pérola que deu o que falar nos círculos da arquitetura corporativa de São Paulo. O texto é sobre as baladas paulistanas. E ai? Cadê arquitetura? O problema que o maior bocó retratado é filho de Sérgio Athiê, arquiteto do setor e não muito bem visto por aqueles que são contra a tal da 'reserva técnica'. Um trecho da matéria:
"Vip, como se sabe desde que balada era um tipo de canção dos Beatles, quer dizer very important people. A expressão designava pessoas muito importantes. Um rapaz paulista chamado André Athiê não tem importância na Lapa, em São Paulo, no Brasil, na Terra e na ordem geral do universo. Mas como, desde que a Pacha foi aberta, há cinco meses, ele esteve cerca de cinqüenta noites na casa, ele pertence a uma categoria especial. Athiê comemorava seu aniversário de 20 anos naquela sexta-feira. Por 4 mil reais, ele comprou dois camarotes, e ganhou outro de graça por ser um habitué. Seus 40 convidados não deveriam pegar filas nem pagar nada. Mas a malta dos anônimos gritões lhes atrapalhava o acesso";
- No número 9, Serapião escreve sobre a Fundação Iberê Camargo. Sobre Siza, ele escreveu:
"Em sua boca, há sempre um Marlboro aceso. Fuma três maços por dia, sem tragar. Sua estatura é baixa, seu semblante, triste. Tímido e reservado, pouco fala de sua vida particular. Quando o faz, a voz sai baixa e pausada. Sua reclusão aumentou depois que ficou viúvo, aos 40 anos, com um casal de filhos. Nunca mais se casou"
-No número 11, um texto de Maria da Paz Trefaut sobre o Delija, ou Alexandre Delijaicov - para os íntimos - o arquiteto que acreditou que a bicicleta é um meio de transporte. Leia um trecho:
"À primeira vista, Delija, como os alunos se referem a ele, é um homem calmo, de fala lenta e sincopada. Alto, magro, de cabelos pretos bem curtos, tem a fisionomia marcada por óculos retangulares, cuja armação marrom acompanha só a parte de cima das lentes. Quando ele começa a se agitar, o que será perceptível apenas mais tarde, os óculos se inclinam e perdem a simetria no rosto"
-Por fim, no número 12 (que está nas bancas), Serapião faz reportagem sobre a trágica construção do teatro do Mam/RJ, de Reidy, assunto de um antigo post. De dar vergonha do Iphan e do Mam. E ninguém fala nada.
Marcadores: Alexandre Delijaicov, Cadão Volpato, Daniela Pinheiro, Fernando Meirelles, Fernando Serapião, Flávio de Carvalho, Iphan, MAM Rio, Maria da Paz Trefaut, Revista piauí, Sérgio Athiê
11 Comments:
será que o titular volta? tá fraquinho o blog, tá quase morrendo... Pena, por que já foi divertido.
E eu disfarçando, pensando que ninguém ia perceber...
Não conhecia o texto sobre as baladas. Muito divertido!
é anônimo, também acho que o Alencastro vendeu o site pra turma do Google e foi pescar....
Olha, acho que fiz um bom negócio com essa compra, pois a visitação do blog não pára de crescer... Querem os números? Setembro ainda não terminou e já temos 4200 visitas (o recorde anterior era 3973, do mês passado).
Ass: Alencastro, nova administração
o gugu e o faustão também tem uma audiência incrível...
mas, e vc perde seu tempo com a piauí?
num tô entEndEndo...
viu, o alEncas.
Já estamos batendo 4700 visitas (8000 page views) em setembro. Mas ainda falta muito para chegar ao Gugu e ao Faustão...
Dedico parte de meu tempo a leitura da piauí. Mas, com todo respeito, não tenho nada contra quem lê Caras ou Caros (Amigos)...
mais recentemente, na edição de fev/2007 (http://www.revistapiaui.com.br/2007/fev/dossie_3.htm) há um artigo muito interessante sobre a relação entre os arquitetos niemeyer e pm da rocha.
Oi Mafa. Esse artigo - mais antigo e não mais recente - já foi comentado em um post antigo, do dia 2 de fevereiro. Clique no n° 5, no primeiro bloco de texto deste post, para você ler o post em questão e os respectivos comentários.
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