"...mas desse detalhe eu não estou a par"
E a história da biblioteca de Brasília, heim? Depois de matéria na quinta-feira, rendeu até editorial na Folha de ontem (só disponível para assinantes). O texto de ontem, termina assim:
"Dada a subutilização, o edifício se prova um exemplo tipicamente brasileiro, que se repete em outras esferas públicas, de desperdício de recursos e erros de planejamento. Tais trapalhadas político-administrativas comprometeram um bom projeto, que terá de ser desfigurado para que possa atender aos cidadãos."
É interessante que esse tipo de assunto se torne mais frequente na imprensa em geral (vocês leram o texto na piauí de setembro sobre o absurdo que fizeram no teatro do Reidy?), mas chamar aquilo de bom projeto, não é exagero?
Sobre os problemas no projeto, veja o que diz o projetista: "Eu gosto muito da biblioteca, porque ela está defronte ao museu [da República] e combina bem. É uma biblioteca moderna, com tudo o que é preciso, mas desse detalhe eu não estou a par".
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18 Comments:
Papai, sei que aqui não é o lugar certo para este enigma, mas por que o projeto que ilustra a capa do livro do paulinho não está nas páginas do mesmo?
de quem é? do niemeyer?
Juninho, meu menino!! Se eu contar tudo agora, o que sobrará para minhas memórias?? Pense: faz parte de sua herança...
A biblioteca? Pensei que falando que eram em Brasília nem precisava mencionar o autor...
Era só pra não cometer uma gafe. Agora sim vem o comentário: "esse detalhe" só vai começar a ser importante quando a obra do niemeyer parar de ser contruída. If you know what I mean.
Senti saudades e voltei!
É engraçado, dá pra ficar um tempão sem aparecer e encontrar as coisas como sempre estiveram.
Desde o Alberto tentando matar o "véio", até a fixação de comentários somente nos "homem" como o PMR....
De novidades mesmo, falando Dele, gostei da cutucada do Serapião na Projeto.
Fiquei um pouquinho decepcionado ao perceber (por conta de eu ler revistas de trás pra frente) que a crítica nasceu de uma crítica do próprio Paulo. Correta, por sinal, mas nada que tire o mérito do editor em dizer-se decepcionado com a obra.
Já aqui neste universo mais interativo, farei uma provocação inversa.
Será que dá pra mostrar/discutir um pouco algo que seja bom?
Um abraço, Alencastro.
Oi anónimo, também estava com saudades...
Também gostei da cutucada (parece que tem gato na tuba, não?), e concordo que o prédio é decepcionante: aquele partido 'original' que mistura Niemeyer (Constantine e Curitiba) com Artigas em pleno século 21, não dá né? Parece uma paródia!
Agora, quanto a discutir o que seja bom? Como assim?
Anóds, ce é canhoto? quem lê de trás pra frente normalmente é.
Aquilo é crítica? Sério? Falando a cada 5 minutos que é o projeto de " um pritzker"? Queria o que aliás? "Obra fenomenal"? Well... crítico a favor, só o do NYT, que nunca, NUNCA falou mal de nada.
E, eu não mato o véio, eu tento aposentá-lo só. mas que jeito.
Oi Alberto. Acho que não é crítica não. Justamente por isso, o texto tem uma despretensão que dá ódio. Como é que vai ser combatido? Achei legal. Nunca tinha lido nada assim nas revistas por aqui. Principalmente, sobre o Paulinho... (o Oscar é fácil, né?)
As antigas Projeto (formato grande) traziam um caderno de críticas nas páginas finais que acho que são os unicos ensaios criticos publicados em revista que eu me lembro. Era excelente. Hugo, Marina W, Rykwert, enfim. Agora a ditadura PMR só permite o aplauso compulsório ou o silêncio sorriso amarelo.
Eram ensaios, isso mesmo. Aliás, Ensiao & Pesquisa, se não me engano, era o nome da seção. Uma espécie de Vitruvius no papel. Mas não falavam sobre obra contemporânea nenhuma. Muitos menos, sobre o que estava publicado. No máximo, uma crítica leve a alguma coisa do outro lado da planeta...
Vocês têm razão. Crítica?!
Lembro de ler uns aninhos atrás uma El croquis inteira dedicada a obra dos rapazes do H&M. Turminha da soberba!
A edição era pós Pritzker.
Há inúmeros projetos, uma longa entrevista com o mais exibido dos dois e, o mais importante, na mesma revista, uma crítica dura num artigo do Rafael Moneo.
Tudo aquilo que eu estava achando (lendo a revista de trás pra frente!!!), estava exposto, ou melhor dizendo impresso com mais rigor, elegância e credibilidade por um dos grandes nomes da arquitetura.
é anónimo, isso é difícil de ver...por aqui, nem pensar!
Isso, Alencastro, mas eram ensaios em português, pra situação de subnutrição crítica que vivíamos, ela algo além de olhar figurinhas. Agora, claro, piorou.
Por aqui, não tem como, é um grande jogo de compadres, mesmo sabendo que todos eles se detestam (e eu sei o suficiente). Vai que rola uma parceria. A academia deveria formar bons críticos - talvez até forme alguns - mas no geral a critica deles é só contra o "sistema" e a "especulação imobiliária". Não temos um crítico.
Anóds, também li essa EC - apesar de ter somente a anterior, que é boa também. Achei que estava lendo errado alguma coisa ( sempre leio em ingles, então vai saber) quando vi o ensaio do moneo. Que alias é um grande arquiteto, melhor que todos daqui, e ninguém fala um "a".
Alencão, este Alberto é um chato de galocha não? Tão novo, tão velho...Magina quendo ele tiver 99 anos como o teu velhinho predileto? Será que ele chega lá? Essa São Carlos...A cabeça da moçada fica meio assim...
Sou chato mesmo. Reacionário, conservador, you name it. Mas pelo visto você,que transferiu sua campanha de "o alberto é chato" do meu blog para qualquer um que eu apareça, (no ofense,Alencs) deve gostar não?
Não temos nem nunca tivemos...
Sem brigas por aqui, vai! No mais, imagine qualquer um de nós com 99! Quanto a São Carlos, sei não...
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