Globalização da favela
Amanhã será lançado em São Paulo o livro Planeta Favela, Mike Davis. O autor, ex-caminhoneiro e marxista, já era conhecido do público brasileiro desde Cidade de Quartzo, livro sobre Los Angeles (também estão disponíveis em português, Ecologia do Medo e Holocaustos Coloniais).
A edição brasileira, editada pela Boitempo, traz também um texto de Erminia Maricato. O lançamento, que será acompanhado de debate entre Maricato, Francisco de Oliveira e Luis César de Queiroz Ribeiro, acontecerá na FAU/Maranhão (rua Maranhão, 88).
Se não fosse tão pessimista, Davis, que reedita a luta de classe através de sua espacialização - favelas versus condomínios fechados/parque temáticos -, teria todos os ingredientes para ser endeusado pela esquerda arquitetônica tupiniquim.
Em junho, por exemplo, o Vivercidades já havia destacado o livro e indicado um blog com uma entrevista com Davis. E hoje o livro foi hoje tema (mais uma vez!) da coluna de Wisnik na Folha (disponível só para assinantes do jornal ou do UOL). "Também em contraposição a Davis, poderíamos lembrar de Milton Santos, para quem as áreas pobres, dada a "lentidão" e a "opacidade" dos seus territórios, são os lugares da "redenção possível" no mundo contemporâneo", escreveu o articulista do jornal paulista.
Parece que os uspianos acreditam na redenção da favela...
Marcadores: Boitempo, Guilherme Wisnik, Mike Davis, Vivercidades
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