Pérola
"Aos 54 anos, 32 de Brasil, Slemenson é o rei da arquitetura neoclássica de São Paulo. Seu escritório, contudo, tem chão de cimento, paredes de concreto aparente, linhas retas, estruturas metálicas, salas separadas por vidros, cadeiras de madeira e estantes de ferro cinza. Está mais para Paulo Mendes da Rocha do que para Parque Cidade Jardim".
Corram as bancas! Saiu a piauí n°20. Este é um trecho da hilária matéria Lindinhos e Privates que comenta o comportamento do mercado imobiliário de alto luxo em São Paulo. Mais uma pérola assinada pela talentosa (e gata) Daniela Pinheiro.
Marcadores: Daniela Pinheiro, Mendes da Rocha, Pablo Slemenson, Revista piauí
23 Comments:
é um lance meio prédio do iab às avessas?
Será?
Eu tinha um chefe que dizia que queria montar um escritório no empreendimento "cidade jardim". Ele dizia:
- É lá que moram nossos futuros clientes"...
Pois é...
O pior nao e o empreendimento!!!
O pior e que a arquitetura externa (neo-clássica) conflita diretamente , com a arquitetura interna , assinado pelo arquiteto Arthur Casas, conhecido por ser extremamente minimalista. Vai entender!!!
Vou ler primeiro.
PS: cê desistiu do anonimato de vez né.
Parece um homem de visão, Ricardo.
Dentro é dentro, fora é fora, ora!
Leia sim, Alberto. Leia também a Escorel e também o Wisnik pai: vale a pena.
Agora, deixa eu te falar: sou o rei das pistas falsas...
Foi o mesmo que disse pra mim não vir fazer o mestrado em Barcelona pois estudar não me levaria a lugar nenhum. Bom, estudando vim a Barcelona, já é um lugar, não?
e depois é a gente que exagera...
quem mais aqui se lembra daqueles desenhos antigos aquarelados do anhangabaú, teatro municipal e companhia limitada olhando esta imagem?
seria isto retrô?
abs
Esperto ele, muitas velas para os Deuses do mercado, outra para o Diabo da modernidade.
E ele, Ricardo? Ficou rico?
Retrô, claro! Ele não inventou nada...
Só para garantir, né Peri.
Outro dia um cliente me alertou que no nosso projeto iria entrar um arquiteto pra desenvolver a fachada...ele mesmo, Pablo Slemenson, o arquiteto que entra no processo para mascarar o prédio de múltiplos apliques e adereços. visando seu "público alvo", sem cerimônias! Devido à nossa resistência, acabamos perdendo o projeto, que no final das contas não vingou pra ninguém.
Este á mais um grande dilema de nosso ofício nos dias atuais...que dureza !!!!! E dá-lhe Dreher !!!
Pablo Slemenson...
A 1a vez que li sobre este sujeito foi neste blog...
Aliás, tem uma coisa neste tal Parque Cidade Jardim que incomoda tanto quanto o seu "estilismo".
Será que o tal arquiteto não poderia ter trabalhado melhor a volumetria, de modo a suavizá-la em níveis em patamares distintos?
Quem pega a Marginal sentido Interlagos dá de cara com aquele trambolhão entalado no declive que, além de ter ficado pesado demais, obstruiu as visuais da encosta...
isso que o anônimo relatou é comum, mas devia ser considerado estupro.
Isso anônimo: toma um Dreher enquanto ele toma um ...Rémy Martin!
Pô Annima! Você nçao está bem informada! O cara é o cara!
Como diriam outrora, ele estupra, mas não mata...
"Volumetria" e "niveis distintos" não fazem parte do vocabulário da engenharia neoclássica, Os "lindinhos" just don't care that much.
E eu - talvez acostumado demais a outras paisagens - achei que aquele morro era eterno... Nunca achei que pudesse ser um terreno! Santa ingenuidade...
Alencastro:
sim, o morro é um terreno e, como tal, não é um templo, está sujeito a intervenções.
Mas existem "n" maneiras de se fazer isso. Existe um Pritzker brasileiro que gosta de redefinir a topografia agressivamente como demonstração de poder do arquiteto sobre o terreno.
Mas será que essa é a solução mais inteligente?
E olha que no Parque Cidade Jardim a topografia não é nem tão artificial assim.
E, ainda falando sobre o Parque Cidade Jardim, não vamos ser injustos: a outra face do empreendimento ficou bem mais harmÔnica do que a da Marginal.
Aliás, o neoclássico está tão difundido em São Paulo que não pode mais ser generalizado. Um Sao Paolo, por exemplo, tem uma arquitetura bem superior do que a Daslu, com aquelas venezianas fakes coladinhas ao lado das janelas...
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