30 abril 2008

Interessa?

Essa não interessa a ninguém. Mas o fato é que o Blog do Alencastro bateu novo recorde: mais de 6.000 VUs (visitantes únicos) em abril; e passamos 10.000 pages views.

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29 abril 2008

Pérola

"Aos 54 anos, 32 de Brasil, Slemenson é o rei da arquitetura neoclássica de São Paulo. Seu escritório, contudo, tem chão de cimento, paredes de concreto aparente, linhas retas, estruturas metálicas, salas separadas por vidros, cadeiras de madeira e estantes de ferro cinza. Está mais para Paulo Mendes da Rocha do que para Parque Cidade Jardim".

Corram as bancas! Saiu a piauí n°20. Este é um trecho da hilária matéria Lindinhos e Privates que comenta o comportamento do mercado imobiliário de alto luxo em São Paulo. Mais uma pérola assinada pela talentosa (e gata) Daniela Pinheiro.

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28 abril 2008

Casa das Conôa, né?

Você já viu uma obra da Sejima de perto? Não? Bom, ela está mais perto do que nunca: é só correr até o parque do Ibirapuera para ver uma instalação do Sanaa. Apresentada no Mam, a exposição - “Quando vidas se tornam forma: um diálogo com o futuro – Brasil-Japão” - faz parte das comemorações do centenário da imigração japonesa e fica em cartaz até 22 de junho.

Tudo bem: não é o New Museum, mas fazer o quê?

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Queima total?

É o fim de uma era para os compradores de livro de arquitetura? A Triangle vai fechar! Não, não seja provinciano - e não revele tão facilmente a sua idade! Não estou falando da charmosa Livraria Triângulo que ficava dentro da Galeria Triângulo (talvez o pior projeto de Niemeyer junto com o pior painel de Portinari...). Ora, estamos em um mundo globalizado!

Refiro-me, off course, a Triangle - a livraria dentro da AA. Depois de 30 anos, os proprietários irão se aposentar. Quem estudou na AA - ou passou longas temporadas em Londres -, não se esquecerá da qualidade e do número de títulos da Triangle. E as promoções, lembram? Semana passada, houve uma grande queima: no horário previsto para fechar as portas - como a fleuma britânica - colocaram para fora quem ainda não tinha escolhido. Entre os retardatários, estava Rem Koolhaas...
Quem for passar por Londres até o último dia de maio, vale a pena dar um pulo na AA para ver se sobrou alguma coisa na Triangle.

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23 abril 2008

Caindo de podre

Alguém leu a Vejinha desta semana? Que vergonha, heim? O negócio é o seguinte: a controversa Camila Antunes fez uma reportagem sobre dois prédios da General Jardim - a Aliança Francesa e o IAB/SP. Em resumo, ela afirma que enquanto o primeiro (desenhado pelo Pillon) está conservado, o segundo - o dos arquitetos! - está um lixo! Leia um trecho da reportagem sobre o prédio do IAB:

"Embora seja mantido por uma entidade de classe que tem a missão estatutária de 'contribuir efetivamente na defesa do patrimônio cultural paulista', está numa decadência de dar dó. As pastilhas cor de âmbar que embelezavam a fachada tiveram de ser retiradas há dez anos. Corriam o risco de cair na cabeça de pedestres (ou na dos mendigos que moram sob a marquise do prédio)."

Tudo bem, todos já sabíamos disso. Mas agora, a precariedade do prédio do IAB/SP está na boca do povo! O prédio do IAB - aclamado como exemplo de arquitetura - é um perfeito e cruel retrato da entidade. Como é que os arquitetos conseguiram se desarticular de tal forma? Não conseguem nem restaurar um predinho! Por seu valor simbólico, o restauro do prédio de deveria ser a ÚNICA prioridade do instituto.

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17 abril 2008

É nóis




O retoque da capa acima - com a foto original lá no alto - é outra história, contada em detalhes pela Franka (resumindo, para arrumar a luz estourada, o diagramador, com Photoshop porco, deixou o piso de madeira torto...).

Mas o assunto aqui é outro: eu, lógico! Não sei se todos leram o comentário da Annima, mas saiu uma citação ao Blog do Alencastro na aU 169 - acho que eles não aguentaram a pressão, pois há poucas semanas eu cobrei que a mídia nos ignorava... Está lá na página 16, na seção Fatos e Opinião (aquela que faz uma pergunta para 3 ou 4 pessoas e publica as respostas junto com o retrato do RG dos fulanos). Na carona da polêmica do que disse o Montaner na própria aU, a questão colocada pela editora era: "O que é crítica de arquitetura?"

Para responder a acalorada incógnita, perguntaram a alguns iluminados de plantão: Roberto Segre, Ruth Verde Zein, Carlos E. D. Comas, Edson Mafhuz e Alberto Xavier. Na resposta da Ruth ela recusa-se a responder. Para ela, o que a revista espera de sua resposta "é a leviandade das opiniões apressadas mas espertinhas". Por falta de espaço, resolve não definir a tal crítica. E diz ainda que fora da academia, o ar está poluído. Cofi, cofi, cofi!!! Para Mahfuz, a crítica é aquilo que esclarece e tem de ser feita por quem entende, "idealmente, um arquiteto". E afirma que o que se faz agora é superficial.

Já Comas diz que crítica é avaliação, seja ela qual for, mas a que interessa é a que é "fundamentada". E diz que ela existe no Brasil sim, obrigado. Mas não esclarece aonde nem quem é que faz (ficou com vontade de dizer "hei, olhem para baixo, eu estou aqui..."). Xavier, o mais sensato e realista, afirma que ela é um "elemento norteador, capaz de discernir valores, gerar debate, avaliar significados e indicar caminhos". Diz ainda que "carecemos de uma tradição crítica" e clama pela presença dela em mídias gerais. Afirma que restam as revistas da área e que, mesmo assim, o enfoque delas não é crítico. Eureka. E conclui que a nossa relação entre crítico e criticado é provinciana, que gera "ressentimentos e até inimizades. Daí a cautela e, às vezes, o próprio silêncio".

Contudo, na página de abertura da matéria, com maior texto, há o depoimento do Segre - naturalmente, o meu preferido. Primeiro pois ele é o único a polemizar com Montaner - os outros, fogem do assunto. Segundo Segre, a crítica deveria estar nos jornais para uma discussão ampla com a sociedade. Por isso, acha que o espanhol errou ao dizer que aqui não existe crítica pois não há avaliações de fôlego nos livros e nossos iluminados só fazem "ensaios". Depois, pois ele dá nome aos bois: começa a citar uma série de aventureiros esquecidos por Montaner - entre eles, esse pobre coitado blogueiro. Vamos as palavras do nosso novo oráculo: "no Brasil Montaner reitera a importância dos críticos tradicionais, mas não compreende que é maior a transcendência de jovens como Otávio Leonídio quando escreve na revista Mais!, ou Fernando Serapião, com suas inéditas revelações publicadas na revista Piauí; além da fina crítica do Blog do Alencastro." Como diria o Francis, waall!!!

Não saciado, Segre vai além: "são eles que formam a opinião na cultura social arquitetônica e não os livros especializados". Waall!!!

Gostaria até de ter estatura para rebater o Segre, e dizer que "não, eu não sou o cara, que eu não sou tão importante assim", mas fazer o quê? O sujeito é uma sumidade: já viram o currículo dele? Doutor Honoris Causa aqui, Doutor Honoris Causa lá... Eu, heim. Deixa para lá: não vou engrossar essa polêmica com um monstro sagrado destes...

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14 abril 2008

Hiperinflação

Leram o Babélia, suplemento cultural do El País no último sábado? Vale prestar atenção no texto A crise do 'star system', de William Curtis. Ele faz um alerta sobre a arquitetura atual que já falamos por aqui. Autor do clássico Modern Architecture Since 1900 (Phaidon), Curtis nasceu na Inglaterra em 1948. Escreveu ainda textos sobre Lasdun, Corbusier e Balikrishna Doshi. Leiam, com a porca tradução do Alencastro, o que ele tem a dizer:

"A arquitetura atual corre o perigo de se degenerar em um jogo que desenvolve-se com formas excessivamente complicadas e imagens geradas por computador, quando desenhistas e clientes atraem a atenção para si mesmos com os chamados edifícios 'icônicos'. Se faz de tudo para conseguir um efeito rápido para seduzir os políticos e gestores com gestos sensacionalistas em sintonia com o marketing, com a privatização, com os interesses fugazes do capitalismo global e com a 'sociedade do espetáculo'. Como é habitual, a arquitetura também se presta para ocultar e idealizar as manobras e artimanhas do poder político e financeiro. Mas os grandiosos projetos resultantes, às vezes não funcionam adequadamente, chocam-se com o contexto e custam uma fortuna em manutenção. Temos agora o jogo 'icônico' em que promotores e arquitetos buscam fazer com que seus projetos super dimensionados criem 'identidade' a esta ou aquela cidade, uma afirmação absurda quando se trata de lugares centenários. A linguagem dos gabinetes estratégicos é usada para comunicar-nos que agora a arquitetura é uma 'marca' para vender uma coisa ou outra no mercado global: vinho, arte, moda, propaganda de ditaduras ou qualquer outra coisa. Neste ambiente de promoção não surpreende que se faça tanto esforço na imagem sedutora e virtual a custa da realidade construída. Muitas operações de construção em grande escala não são mais que pacotes de investimentos internacionais. Trazem poucos indícios de preocupação social ou local; só por que está na moda, limitam-se a fazer algum barulho para demonstrar que se pensa no meio ambiente. Como as imagens efêmeras que se criam na tela de um computador, o projeto arquitetônico corre o risco de ver-se reduzido ao nível das superfícies e dos efeitos fugazes.
O chamado 'efeito Bilbao' é uma faca de dois gumes para a arquitetura. Os prefeitos estão agora submetidos a ilusão ingênua que só podem construir grandes projetos pelas mãos de arquitetos estrelas para garantir o 'prestígio'. Lamentavelmente, no lugar de produzir edifícios funcionais, sólidos e belos, vários membros do star system, alguns deles vencedores do Premio Pritzker (que absurdamente é proclamado como o equivalente ao Nobel da arquitetura) criam desenhos arbitrários e ostensivos sem substância durável: uma arquitetura de gestos vazio e formas complicadas em excesso que não possuem um verdadeiro significado. Se um Pritzker é usado como uma 'marca' que supostamente garante superioridade, a quantidade de sua produção se impõe a qualidade. A arquitetura contemporânea sofre de uma hiperinflação que combina uma deliberação precipitada do desenho, estúdios excessivamente grandes e uma produção automatizada. Há um risco real de que os arquitetos produzam caricaturas de seu próprio trabalho para o 'mercado'. Neste sistema, a arquitetura perde a alma e se vulgariza como uma forma de publicidade. Necessitamos verdadeiramente de mais museus como parques temáticos, aeroportos faraónicos que não funcionam, ou arranha-céus com formas vagamente fálicas? A arquitetura tem objetivos mais sérios a perseguir, que deve servir a sociedade e a cultura a longo prazo, contribuindo de maneira positiva tanto para a cidade como para a natureza."

E ai? A carapuça lhe serviu?

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09 abril 2008

Barriga

Vocês viram a história do anexo temporário da torre Eiffel? O negócio é o seguinte: o prestigioso jornal inglês The Guardian publicou uma matéria sobre um suposto vencedor de um concurso - o escritório francês Serero - para um anexo temporário no alto da torre. Coisa bacana, lá no alto da torre. A idéia seria construída até 2009, aniversário de 120 anos da estrutura metálica. Seguindo o jornal, outros diários (como o NYT), sites e blogs comentaram o projeto. Por aqui, só Arqbacana noticiou.

Bom, trata-se da maior 'barriga' em notícia arquitetônica dos últimos tempos! Não houve concurso algum! Representantes dos arquitetos disseram ao Belfast Telegraph que "foram convidados para um concurso fechado". A imagem estava no site da empresa e a notícia que era um concurso foi difundida por blogs. Infelizmente, não participei da pegadinha. Mas um dia, o Blog do Alencastro chega lá!

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07 abril 2008

"As feias que me perdoem..."




Olha, uma questão de suma importância: qual a mais interessante arquiteta de nosso tempo?

a. Zaha Hadid
b. Benedetta Tagliabue
c. Neri Oxman
d. Lise Anne Couture

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01 abril 2008

Alguém tem estômago?

Ganha uma passagem de lotação (só de ida...) para a Vila Nhocuné quem adivinhar quem o autor da façanha acima. Trata-se do novo pavilhão da Serpentine Gallery. Sim, é ele - Frank Gehry...

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