28 fevereiro 2007

A política de Kurokawa

Esta deu no Japan Today: Kisho Kurokawa anunciou nesta quarta-feira sua candidatura ao governo de Tóquio, sem partido. As eleições ocorrem em abril. Por aqui, a política já mordeu muita gente. Kurokawa, hoje com 72 anos, é mais uma prova da rapidez com que os arquitetos ficam ultrapassados nos tempos correntes. Reconhecido muito jovem, mas sem realizar um trabalho significativo há muitos anos, ele anda sumido do debate arquitetônico, digo, da mídia especializada. Deve estar meio sem saber o que fazer. Daí a candidatura...

PS: e por falar em star-systems, outra notícia de hoje, dia do aniversário do arquiteto mais famoso do mundo. Frank O. Gehry faz 78 anos. Meu regalo? Algo inspirador: uma folha de papel amassada... Mas será este o presente ou futuro da arquitetura dele?

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27 fevereiro 2007

"Blogs, blogs..."

O Sérgio Augusto, o jornalista, deu uma entrevista interessante no Digestivo Cultural sobre a imprensa cultural que vale a pena ler. Num trecho, olha o que ele fala dos blogs:

"Quanto aos blogs, ainda os vejo como uma plataforma da grafomania ególatra e onfalocêntrica (ônfalo é umbigo em grego). São tantos blogs — alguns bons, ótimos, mesmo — que não dá tempo de acompanhá-los. Mas a maioria é feita por gente medíocre, vaidosa, semi-analfabeta e ressentida com a falta de oportunidade a chamada mídia mainstream."
Será que este é o meu caso?

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26 fevereiro 2007

...e o profano

Já a Isto é desta semana traz uma pequena entrevista com Niemeyer. Nela, ele relata que, aos 99 anos, faz sexo todos os dias! Leia o trecho:

"Só penso em mulher. Mantenho relações sexuais todos os dias..."
O vigor sexual do nosso velho já é folclórico, mas todo dia?

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O sagrado...

Frei Galvão - que será canonizado dia 11 de maio pelo papa Bento 16 e com isso se tornará o primeiro santo brasileiro - era arquiteto. Nosso colega foi capa desta semana de duas revistas semanais: Época e Veja. É dele o projeto dos mosteiros da Luz e de Sorocaba. Por isso, ele é também o patrono da construção civil no Brasil.

Será que isso vai nos ajudar?

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23 fevereiro 2007

Finalistas: vamos ver quem acerta?

Foram anunciados os sete finalistas do Prêmio Mies van der Rohe 2007 de arquitetura européia. É a quarta edição do Mies europeu, que dá prêmios aos edifícios, e não arquitetos. De qualquer forma, sempre lembramos dos projetistas... Em 1988, ganhou o Siza; em 1990, o Foster; em 92, Bonnell/Rius; em 1994, Grimshaw; em 1996, Perrault; em 1998, Zumthor; em 2001, Moneo; em 2003, Zaha; e em 2005, Koolhaas. Este ano, os finalistas são:

Museu Mercedes-Benz (UN Studio),
Centro de Artes de Sines (Aires Mateus),
Edifício Velas e Ventos para a Copa América 2007 (David Chipperfield),

O resultado sai dia 14 de maio. A chance de cada um é, para mim, a mesma da ordem que os coloquei no post. Em quem vocês apostam?

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22 fevereiro 2007

Boca-livre

Ontem à noite, em jantar black-tie no Florece Hall (foto), na sede do Riba, em Londres, foi entregue a Medalha de Ouro Real a dupla suíça Herzog & de Meuron.

No discurso, Jack Pringle, o atual presidente do RIBA, disse que "aguardava ansiosamente o momento de dar a Jacques Herzog e Pierre de Meuron a Medalha de Ouro Real. A carreira deles está caminhando tranquilamente de um estúdio experimental para grandes projetos sem que o trabalho se perca num caminho qualquer. Eles reinventam tudo em um novo projeto e fazem isso com muito vigor. Eles exercem grande influência na atual e nas futuras gerações de arquitetos".

Em outras palavras, o que seria do mundo sem eles?

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Gehry on the beach

A notícia saiu no Miami Herald: a municipalidade liberou mais 15 milhões de dólares para a construção da sala sinfônica em Miami desenhada por Frank Gehry. O conjunto, orçado em dez vezes mais (sem contar os equipamentos), será construído junto a sala já existente, na Lincoln Road.

Pelo ritmo de trabalho de Gerhy, daqui a pouco ele será o Niemeyer da América: nenhuma cidade terá a ousadia de ficar sem uma obra dele...

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21 fevereiro 2007

Canudos é aqui

Que o Zé Celso gosta de bagunçar o coreto, todo mundo sabe. Mas o caso do Teatro Oficina versus Grupo SS é hilário. A história é a seguinte: o grupo do chefe do Lombardi possui lotes vizinhos ao teatro gerido pela viúva e pretende nele construir um centro de entretenimento. Depois de muitas idas e vindas, com o intermédio de Eduardo Suplicy, marcou-se um encontro entre os dois, frente à frente, em abril de 2004. O histórico encontro foi registrado pela Folha, que havia publicado dias antes uma carta aberta de Contardo Calligaris ao empresário, colocando o problema do Oficina.

Ele conseguiu modificar o desenho do espaço do Grupo SS - que passou das mãos de Júlio Neves para o Brasil Arquitetura (que foi descrito por Calligaris quase um ano depois). O projeto do Brasil Arquitetura é um shopping center - mas que mais parece as galerias do centro da cidade - que tem como ponto focal um grande teatro (que seria cedido a ele algumas vezes no ano). Além disso, os arquitetos propuseram a ocupação dos baixos da ligação leste-oeste, em frente ao teatro, com espaços de uso público. Agora, o Zé não gostou: quer que tudo seja transformado em teatro, como imaginou o Paulinho em seu antigo projeto.

Para tentar melar tudo, ele entrou com pedido de tombamento do teatro de Lina no Iphan; o núcleo de São Paulo negou, mas o do Rio aceitou! Se tombado for, a aprovação do complexo seria dificultada. Leia só um trecho da entrevista com o Zé Celso, no âmbito de sua visita a um prédio ocupado por sem-tetos, publicada ontem no Vermelho (site do Partido Comunista do Brasil):

"Que mais há de relação entre a Prestes Maia e o Teatro Oficina?
A relação é total. Os dois prédios estão ameaçados pelo poder instituído, seja o público ou o privado, e a ocupação dos sem-teto tem muito a ver com Canudos. O próprio Aziz Ab’Saber fez uma conferência na Prestes Maia e estabeleceu esta relação com Canudos, com os povos massacrados. Na terça-feira (20), possivelmente às 20h, vou levar os atores do Teatro Oficina para ocupação Prestes Maia, e vou vestido de Antônio Conselheiro, com uma batina e tudo.


Você vai tentar falar com o prefeito Gilberto Kassab (PFL-SP)?
Vou sim, mas acho que ele não vai me receber. Temos uma entrevista marcada sobre o Teatro Oficina, eu quero que ele realize o projeto Paulo Mendes da Rocha para o Minhocão e que ele apóie a revisão do tombamento do entorno do Teatro Oficina pelo Conselho de Proteção ao Patrimônio Histórico (Concresp). Eu confio que este prefeito, que outro dia se desculpou por haver ofendido uma pessoa [de vagabundo], pode ser um prefeito legal. Ele fez alguma coisa boa para a cidade, contrariou os interesses da classe média-alta ao propor uma lei que proíbe os outdoors, então não podemos ter só uma visão das coisas, ir contra ele sem pensar. Mas Kassab precisa conhecer a ocupação Prestes Maia, ele não pode fazer como foi feito Canudos, uma cidade que foi massacrada sem que os homens públicos soubessem o que havia por lá. Eu fui até a ocupação Prestes Maia, é maravilhoso, é sui generis. Esse povo de classe alta, os empresários e políticos, eles vivem fechados em ar condicionados, vivem em suas salas, eles não conhecem as coisas que estão destruindo."

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16 fevereiro 2007

"Uma ponta de flecha apontada contra..."

Quem me enviou o texto abaixo foi um ilustre leitor deste blog. Ele foi escrito por Marco Negrón, um dos mais importantes urbanistas da Venezuela e publicado no TalQual, um jornal local de opinião. Parece que ele não gostou do projeto (na imagem que ilustra o post) que Niemeyer criou para Hugo Chaves.

Segundo o arquiteto, "ele não me pediu nada, mas achei que ficaria bem esta homenagem. Será um monumento com cem metros de altura". O monumento, "em forma de ponta de flecha apontada para os Estados Unidos", se construído for, ocupará o alto do monte Ávila, imponente formação montanhosa que domina a paisagem de Caracas.

"Niemeyer e o Ávila,
por Marco Negrón

Referindo-se ao maneirismo formal criado por Oscar Niemeyer na arquitetura da então recém inaugurada capital brasileira, Giulio Carlo Argan afirmava em 1961 que a mesma constituía “um claro indício do maior perigo que paira sobre Brasília e que poderia inclusive, se não fosse enfrentado, tornar-se vão o gigantesco esforço cumprido: o perigo de que se transforme, na ausência de uma autonomia, concreta e historicamente fundamentada função econômica ou produtiva, em uma capital ‘simbólica’ estritamente burocrática, inutilmente iludida de encarnar, no mecanismo de seus ministérios e de suas embaixadas, a autoridade ou a universalidade do Estado”.

O tempo se encarregou de confirmar as piores expectativas de Argan: passados quase meio século, aquela segue sendo uma cidade artificial, incapaz de competir com a contraditória vitalidade de São Paulo, o espírito inesgotável do Rio, a riqueza cultural da Bahía ou Recife ou a capacidade inovadora de Curitiba. Tão artificial que muito prematuramente se empenhou em ocultar sua cara feia mas quiçá a mais autêntica das cidades satélites que, como Ceilândia (por “Centro de Erradicação de Invasores” ), alojam aquela população trabalhadora que destoava da vaidosa capital.

Arriscado de ser acusado de necessidade incurável, me atreveria a dizer que, pese o universal reconhecimento que recebeu e que Darcy Ribeiro chegou a considerar “o maior artista vivo de nosso tempo”, nunca conseguiram me convencer a respeito da obra de Niemeyer e não só por ser falsa, inclusive a egocêntrica concepção de cidade criada em Brasília: ainda que criou escassas e notáveis excepções, como a igreja de São Francisco em Pampulha (1940) e o nunca construído Museu de Arte Moderna de Caracas (1954), com demasiada frequência sua obra se vê minada por uma retórica do poder que se expressa tanto em Brasília (1957-1962) como no Memorial de América Latina de São Paulo (1987), mas que se traduz, em última instância, em uma visão de compaixão do povo. O que não teria nada de mal se não envolvesse suas arquiteturas e esculturas na verbalização típica de um certo radicalismo latino americano demodé.

Não pode então surpreender que tenha respondido com tanta rapidez e entusiasmo ao chamado do último caudilho para levantar um monumento sobre o Ávila, evocando um Bolívar cada vez mais reduzido a mera projeção de Chávez. Mas Niemeyer mal conhece a Venezuela, onde só esteve em 1954, sendo duvidoso que conserve uma imagem clara da abrupta cordilheira que Pablo Neruda definiu como os ombros da América e que, com vertigem, cai a pico sobre o mar desde El Palito até Cabo Codera. Não poderia então entender que ela é o verdadeiro monumento, capaz de tragar tudo o que em cima dela for construído, não importa sua altura inevitavelmente humana nem a quantidade de arestas materiais ou mesmo os ideais que aspire exibir."

15 fevereiro 2007

Zoom...

Um pouquinho mais de perto... O nome do projeto do post anterior é Sabina Escola Parque do Conhecimento e foi inaugurado dia 11 (a foto acima é de uns três meses atrás). Trata-se de um projeto de complementação educacional para crianças (é semelhante a Estação Ciência, de São Paulo). A idéia nasceu durante a gestão de Celso Daniel e consumiu 36 milhões de reais. O projeto é de Paulo Mendes da Rocha e está implantado dentro do Parque Central de Santo André, SP. Sobre a arquitetura, o quê vocês acham que mais impressiona? Sim, a engenharia... são duas vigas-calhas com 185 metros, apoiadas em três pontos...

Durante a semana, as visitas devem ser agendadas por escolas (o telefone provisório é 0800 0191944). No fim de semana, pode ser visitado por todos, mas só depois de abril. O espaço fica na rua Juquiá, s/nº , bairro Paraíso (entrada na altura do nº 135).

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14 fevereiro 2007

Quem adivinha?

Está prestes a ser inaugurado. O que é?

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13 fevereiro 2007

O novo e o velho

Passou meio desapercebido um comentário que recebi em janeiro (postado no clássico "Como ser um grande arquiteto?"). Agora, o assunto volta a tona no Vitruvius. Trata-se da velha pendenga entre os homens do patrimônio e os arquitetos contemporâneos.

No Vitrúvius, Benedito Tadeu de Oliveira (o mesmo que assina a carta que alguém postou no meu blog), escreveu um artigo em que relata que a praça da Liberdade, em Belo Horizonte, está em perigo. Isso por quê, três edifícios históricos estão prestes a sofrer intervenções. O fato é que as secretarias de governo lá instaladas serão transferidas para o centro administrativo que Niemeyer desenhou para Aécio Neves. Assim, os prédios da praça mudarão de uso: todos serão destinados à cultura. Oliveira sabe o que diz: especialista em patrimônio histórico, ele é Diretor do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em Ouro Preto, MG.

Vejam um trecho do artigo em que ele relata o caso da Secretaria de Estado da Educação:

"A intervenção proposta configura um caso mais grave, pois demonstra a reincidência no erro citado anteriormente. Foi proposto um programa incompatível com as características arquitetônicas da edificação e convidado para desenvolvimento do projeto de intervenção um arquiteto que, apesar de possuir uma rica experiência profissional e de ter sido professor da FAU-USP, não tem preparo e sensibilidade para reconhecer valores intrínsecos dos bens culturais, especialmente os tombados. O projeto, que tem previsão de ser financiado pela Federação das Indústrias de Minas Gerais – Fiemg –, caso seja implementado, causará uma grande mutilação no bem tombado e uma profunda descaracterização no conjunto arquitetônico da Praça da Liberdade."

Agora adivinhem quem é o tal arquiteto? Um jujuba estragada para quem pensou em Paulo Mendes da Rocha. Reproduzo o post para aqueles que não leram e já adianto: concluam o que quiserem...

"Quanto maior o ego, maior é o estrago

Meu professor Renato Bonelli, crítico, historiador da arte e ex-diretor da Escola de Restauro de Monumentos da Universidade de Roma – La Sapienza, dizia que os inimigos mais perigosos do patrimônio cultural são os arquitetos modernos.

O projeto do renomado arquiteto Paulo Mendes da Rocha de reforma da edificação da Secretaria de Educação, situada na Praça da Liberdade de Belo Horizonte, protegida pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais - Iepha, confirma a máxima do conceituado teórico do “restauro crítico” italiano.

Paulo Mendes da Rocha sabe que a arquitetura não é constituída somente de fachadas, mas também de intenções plásticas, espaços internos, volumetria, ornamentos, sistemas construtivos, técnicas e materiais de construção. Como arquiteto, com uma reconhecida trajetória profissional, e sobretudo como ex-professor da FAU/USP, deveria ter se interessado um pouco pela história do restauro e pela teoria moderna de restauração, hoje universalmente reconhecida e aceita, antes de se aventurar na sua nova atividade de intervenção em bens culturais; ou então se espelhado no exemplo do Mestre Lúcio Costa, que revolucionou a arquitetura e o urbanismo no Brasil, sem ter contribuído para a destruição de nossas heranças culturais. Muito pelo contrário; Lúcio Costa, com seu discernimento e sabedoria, tinha tanto cuidado e respeito com o patrimônio histórico e artístico nacional que dizia: Em Ouro Preto menos é mais.

Projeto semelhante também de autoria de Paulo Mendes da Rocha para o Museu Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro foi prontamente rejeitado em 2005 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan.

Cabe agora ao Iepha, um dos mais prestigiados institutos de preservação do patrimônio cultural do País, destombar a edificação para promover a marca do arquiteto moderno e da Fiemg na Praça da Liberdade. E também explicar à sociedade civil e aos Ministérios Públicos Estadual e Federal, o porquê da sua decisão de interromper a transmissão para o futuro dos valores republicanos, que o conjunto arquitetônico da Praça da Liberdade testemunha e representa.

Benedito Tadeu de Oliveira -arquiteto, doutor e diretor do Iphan de Ouro Preto"

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12 fevereiro 2007

Volta à Brasília

Brasília está em pauta. Ontem, o Correio Brasiliense trouxe a opinião de Niemeyer sobre a construção de um túnel sob a praça dos Três Poderes, anunciado na última quinta-feira (veja na fotomontagem que ilustra o post). Para Niemeyer, a idéia é “inteiramente absurda”.

Também ontem, no caderno Mais!, da Folha, reportagem (infelizmente, as ilustrações não estão disponíveis) de Mario Cesar Carvalho revela os primeiros esboços de Lucio Costa para a esplanada dos ministérios e a praça dos Três Poderes.

Segundo do texto, "Brasília nasceu no mar, de acordo com esse documento. No final de 1956, Lucio viajara para Nova York para participar de um evento na Parsons School of Design -o outro homenageado era o estilista Christian Dior. O edital para o Plano Piloto de Brasília havia sido publicado em setembro; Lucio se inscrevera no concurso, mas, aparentemente, não fizera nada até a viagem. Foi na volta, a bordo do navio argentino Rio Jachal, que Lucio fez o que é considerado o primeiro esboço do Plano Piloto. O retorno ocorreu em dezembro de 1956, segundo Helena Costa, filha do arquiteto."
No entanto, o mais curioso no desenho apresentado é a conformação espacial, em elevações, de um possível edifício para o Congresso Nacional. Nele, há um prédio (em forma de tronco de pirâmide) ao lado de uma cúpula. A idéia se parece com o edifício que conhecemos. Será que Niemeyer viu este desenho?

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09 fevereiro 2007

Só não entende quem não quer...

A Publifolha, braço editorial do Grupo Folha, prepara um volume sobre arquitetura dentro da série Folha Explica, que são pequenos livros cuja característica é explicar temas variados.

Agora, o explicado será Niemeyer. E quem explica? Ricardo Ohtake.

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Violência urbana

Washington Fiuza, que possui um escritório de arquitetura especializado em restaurantes e é associado ao escritório norte-americano Arquitectonica, foi baleado na segunda-feira de manhã, numa tentativa de assalto. Quem informa é o G1.

Apesar de dar só as iniciais de Fiuza, o site o identifica como arquiteto. Deixa o Crea saber disto...

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08 fevereiro 2007

Brazil for export

A CosacNaify vendeu para a Rizzoli os direitos de publicação do livro do Paulinho. Segundo o site da Amazon, a publicação está prevista para o fim do ano. Só uma coisa não entendi: é tão difícil fazer um livro novo ou é preguiça mesmo?

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07 fevereiro 2007

O homem das 500 cadeiras

Aos 92 anos, a morte levou o Sérgio Rodrigues da Dinamarca. Hans Wegner morreu dia 26 de janeiro em Compenhague. Quem deu a notícia foi o NYT.

Wegner nasceu em 1914 em Tonder, no sul da Dinamarca, filho de um sapateiro. Trabalhou com Stahlberg, Johannes Hansen e Arne Jacobsen (com cuja secretária, mais tarde Wegner se casou). Para Jacobsen, criou o mobiliário do auditório de Arhus. Depois, começou desenvolver peças para a Fritz Hansen, algumas das quais tornaram-se clássicos do século 20, como a Wishbone chair e a Round Chair, ambas de 1949, caracterizadas pela relação entre o artesanato e a tecnologia - daí a relação com o homem da poltrona mole. As cadeiras foram a paixão do designer: criou cerca de 500.

Uma curiosidade que o Times contou: eles não batizava as cadeiras que criava; cada fabricante dava o nome que quisesse e isso causou grande confusão.

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06 fevereiro 2007

Uma bagatela!

Meninas afoitas, corram: estão vendendo o pepino erótico de um lorde inglês! O preço é uma bagatela: 1,18 bilhões de dólares.

É isso mesmo: o site da CNN anunciou que o prédio da Swiss Re, criado por Lord Norman Foster, está a venda. Desde que ficou pronto, em 2004, o edifício de 40 andares recebeu o apelido de 'pepino' ou 'pepino erótico'. Mas, sejam rápidas: apesar do preço, parece que já tem muita gente interessada...

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05 fevereiro 2007

Óbvio ululante


A revista aU prepara edição especial sobre Niemeyer para ser publicada em dezembro. Será que precisa?
Se mantiver o nível da edição de janeiro, respondo já: não!

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02 fevereiro 2007

Arquitetura na piauí

Patuléia, o fim de semana está salvo! Acaba de sair a piauí n°5, cujo tema central é o dossiê arquitetura e urbanismo.

Na capa, uma foto de chineses admirando uma miniatura de Nova York. Dentro do dossiê, o longo texto de abertura - A megacidade - é sobre Lagos, cidade da Nigéria. Ele foi escrito por George Packer, repórter da revista The New Yorker. Depois, um artigo de Renato Lemos sobre o polopetroquímico de Itaboraí, no Rio. Em seguida vem o texto apimentado sobre as parcerias frustradas de Niemeyer e Paulo Mendes da Rocha, escrito por Fernando Serapião, da Projeto. Depois um texto sobre a privada, "o objeto que representa a civilização", de Vargas Llosa. Guilherme Wisnik, da Folha, escreve sobre a Daslu (fotografada pelo Nelson Kon!). E, por fim, fotos de algumas periferias do mundo - lógico, com a imagem da favela de Paraisópolis e o edifício com piscinas em todos os andares.

Além do dossiê, ainda tem um perfil de Lícia Fábio, texto de Ivan Lessa, quadrinhos do Laerte e um texto de Woody Allen, entre outras coisas.

Estão esperando o quê? Corram para as bancas!

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Pompidou Brasil?

Uma delegação do Pompidou vem ao Brasil em março a fim de estudar a criação de uma fundação, ou seja, uma espécie de filial, no país. Quem informa é o jornal espanhol La Vanguardia, em matéria traduzida no UOL (só para assinantes). Veja o trecho:


"Se a universalidade pedida por Pompidou se moldava, nos anos 80, nos laços culturais com os EUA, tendo no horizonte 2010, e embora tenha despertado a Georges Pompidou Foundation de Los Angeles, criada em 1987 e que perdia o vigor, Racine [Bruno Racine, presidente do centro] diz "bric". Como os economistas. "Bric" aqui significa "Brasil, Índia e China". E também Japão. Em 7 de fevereiro, o novo Centro Nacional de Artes de Tóquio será inaugurado com uma exposição enviada do Pompidou. É "o germe de uma fundação equivalente à de Los Angeles". E em março "uma delegação do centro parte para o Brasil para assentar as bases de uma estrutura semelhante".

Aonde será? Quem fará o projeto? Quem serão os parceiros? O que eu posso informar é que já tem gente de olho...

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01 fevereiro 2007

Modelo 2007

Estou de cara nova. Ou melhor, de olho novo. Uma jujuba estragada para quem acertar a origem.

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Mais do mesmo

Depois de algumas descobertas, parece que fica fácil fazer arquitetura, não? A imagem é do projeto do Guggenheim em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes publicada ontem na Dezeen (hoje, o NYT publicou uma reportagem sobre os novos museus da região, com destaque para o prédio da Zaha Hadid)

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